Por que Trump defendeu Bolsonaro? Conseguirá a almejada subserviência de novo do Brasil?
Usando de uma politica intrusiva ao nosso ordenamento jurídico Trump lançou dúvidas sobre o processo do STF que apura a ação de golpe de Estado contra Bolsonaro e demais envolvidos.
Trump menosprezou ainda as investigações diretas da nossa Policia Federal dizendo “não tem provas contra Bolsonaro” e que "o Brasil (??) está fazendo algo terrível no tratamento" de Bolsonaro e que "eles não fazem nada além de persegui-lo.”
Lembrei que lá fora quando se fala “Brasil” está se falando de todos nós brasileiros.
No fim Trump “jogou tinta” na credibilidade do nosso sistema de justiça eleitoral com a decisão do TSE de tornar Bolsonaro inelegível afirmando “único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil — isso se chama eleição.”
Arrematou com um:-“Deixem Bolsonaro em paz!".
Tenha em mente que Donald Trump ao disparar esses ataques ao sistema judiciário brasileiro fez não por meios oficiais ou diplomáticos, fez no perfil de uma plataforma de mídia social de propriedade de uma das suas empresas.
Ou seja até nessa hora fez uso imperioso de uma falsa grandeza iludindo com suas promessas duvidosas os apoiadores dessa utopia beligerante contra a soberania do Brasil.
Em outras palavras, Trump isenta da sua gestão seus impertinentes comentários, já que permitiu-se manifestar hostilidade ao Brasil com sua mente de “colmeia de cifrões e beligerante” somente em rede social de propriedade da sua empresa.
Acontece que suas atitudes belicosas e patéticas não são nenhuma novidade no cenário global, acredita tomar decisões de uma grandeza utópica que só ele vê.
- “Não raro Trump quebrou regras tácitas da democracia americana, como ao se recusar a conceder sua derrota nas urnas ou ao se abster de participar da posse do sucessor.”
- Impulsionou ainda notícias falsas e teorias da conspiração junto aos seus quase 90 milhões de seguidores.
- Nos estertores de seu primeiro mandato, Trump perdeu tais recursos. Suas contas foram definitivamente ou temporariamente suspensas por plataformas como Twitter, Facebook e Instagram.
- As redes argumentaram que os posts de Trump representavam risco de incitação à violência, já que o presidente chegou a justificar com falsas alegações de fraude eleitoral as cenas de invasão do Capitólio que seus apoiadores protagonizaram o dia 6 de janeiro de 2021.
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Trump não conseguiu que o Congresso aprovasse os recursos necessários para a construção do muro |
Por que Trump veio divulgar esse post de identificação com o atual cenário político difícil de Bolsonaro?
Saiba que ao longo de sua presidência, no primeiro mandato Trump não visitou oficialmente Oceania, Caribe e África e passou só um total de 3 dias na América Latina.
Em 2025 ainda não incluiu a América em suas viagens oficiais.
A simbiose entre os dois presidentes ficou evidente nos primeiros meses de pandemia ocorrida em 2020-2021.
- Ambos subestimaram a doença, culparam a China, apostaram em soluções sem eficácia como a cloroquina, jogaram contra medidas de isolamento social que pudessem atrapalhar a economia, entraram em confronto com governadores.
No entanto, Trump apostou fortemente em vacinas (lucros), enquanto Bolsonaro não a tornou prioridade em sua gestão e já disse frases de desestímulo ao uso de imunizantes.
Não que aqui no Brasil não se tenha tentado praticar prováveis “cifrões ocultos”(leia-se corrupção), acontece que aqui nossa tríade fiscalizadora (MPU, CGU e TCU) funcionou.
- Só lembrando a CPI da Pandemia “Relatório acusa governo federal de atraso na compra de vacinas e de negociações ilícitas no caso Covaxin”
Durante 2021 Bolsonaro afirmou: "Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos". Alguma dúvida sobre semelhanças com o que Trump fez em janeiro de 2021 após sua derrota nas urnas?
Foram as semelhanças entre os líderes que fez com que veículos de imprensa internacionais apelidassem Bolsonaro de "Trump dos Trópicos", contudo lembrando que há sim, diferenças. Confira:
A primeira é que Trump ainda conta com o respaldo de uma máquina partidária robusta como são os republicanos, enquanto Bolsonaro sequer conseguiu criar uma agremiação própria e seguiu um bom tempo sem legenda, até achar uma que curvasse às suas exigências. O atual PL que o vê com “majestade”.
A segunda é que até hoje a base social de Bolsonaro não está consolidada, o perfil de seus apoiadores mudou da classe média e alta para os mais pobres em dois anos (protecionismo dos pastores das igrejas evangélicas) e seria exagerado dizer que ele possui um público cativo, como o Trump.
No início do seu segundo mandato Trump mantém uma “caça às bruxas” contra os imigrantes.
Em 2019, o número de brasileiros detidos pelo ICE dos Estados Unidos superou os 18 mil, e diante do aumento do fluxo de brasileiros, a gestão Trump passou a adotar a deportação sumária deles desde 2019.
De lá pra cá, foram mais de 20 aviões fretados pelo governo dos EUA e lotados de brasileiros chegando aos aeroportos brasileiros.
Esse tipo de tratamento aos brasileiros nunca foi aceito pelo Itamaraty desde 2006.
O entendimento do órgão, alterado durante a gestão Bolsonaro, era de que os brasileiros tinham o direito (??) de passar por procedimentos na Justiça imigratória dos EUA para tentar permanecer por lá.
Por fim, as ações de Trump foram cruciais para o desfecho da crise na Venezuela e a consequente diáspora de quase 6 milhões de venezuelanos. Sobrou para o Brasil que teve sua fronteira invadida pela massa de imigrantes venezuelanos.
No primeira gestão Trump adotou as mais pesadas sanções econômicas à disposição, "Com isso acabou colaborando para o fortalecimento da posição de Maduro no poder, em vez de facilitar uma transição de regime. O resultado foi a miséria total do país e uma crise humanitária de refugiados em toda região". Parece tentar promover o mesmo aqui no Brasil, quando ameaça pesadas tarifas comerciais Iremos permitir?
Foi na gestão Trump, que a Agência de Proteção Ambiental abriu o menor número de processos criminais contra empresas que tenham descumprido a legislação de meio ambiente do país em 30 anos.
Os EUA deixou de representar uma das principais fontes de pressões globais no tema e com isso em 2019, movimento parecido passou a acontecer no Brasil.
Bolsonaro garantiu que não demarcaria novas terras indígenas, determinou que fiscais ambientais não mais destruíssem tratores e veículos de madeireiros autuados em flagrante em desmatamento ilegal, sugeriu que a Amazônia pegava fogo naturalmente ou por atuação dos indígenas e se posicionou a favor da mineração em áreas protegidas.
A aplicação de multas caiu vertiginosamente e dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que entre agosto de 2019 e julho de 2020 a Floresta Amazônica registrou a maior devastação em 12 anos.
Finalmente o governo Trump precarizou a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC), que perdeu condições de arbitrar disputas entre países.
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Jair Bolsonaro considera Donald Trump o seu principal aliado internacional |
Desde o primeiro e agora no segundo mandato de Trump, suas políticas econômicas atingiram o Brasil. Ele criou sobretaxas inclusive para aço e alumínio, em uma tentativa de proteger a siderurgia americana.
Durante a gestão, o governo Bolsonaro não protestou abertamente contra as medidas, e aumentou a cota de importação para trigo e etanol dos EUA, mesmo sob protestos da indústria sucroalcooleira brasileira.
Veja que na gestão de Bolsonaro a relação entre os dois países ficou naturalmente assimétrica, pela diferença de poder econômico de um e de outro, por conta da aberta subserviência do governo brasileira aquela época.
- Trump não tem essa assimetria com o governo Lula, que se mantém firme e vigilante na preservação das melhores condições de favoritismo do Brasil. Ao impor o crescimento econômico e a soberania do Brasil é óbvio que isso não agrada aos planos de Trump, que almeja de novo a subserviência da América Latina em especial do Brasil como líder.
Com isso Trump achou uma saída: usar na estratégia o grupo de políticos brasileiros insatisfeitos (a extrema direita) para dardejar atavios duvidosos ao respeito, a credibilidade e a segurança da ordem e do funcionamento da sociedade brasileira.
No fim, é Trump e a sua gestão atabalhoada que mais lucra com tudo isso, ao angariar “apoios” de políticos brasileiros.
No entanto parece que Trump vai ter que “engolir” a soberania do Brasil, afinal o governo atual é muito MAIS BRASIL.
Imagens disponíveis e retiradas do Google
Sites e links de consultas, pesquisas e compilações de textos:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55699910
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