Pix no alvo do governo dos Estados Unidos! Lembrando o Motor flexfuel, o novo salto tecnológico de 2003 não é a primeira vez que o Brasil pioneiro em inovação atrai a cobiça dos imperialistas. Venceremos dessa vez?
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O Pix do Brasil já conseguiu o que as criptomoedas estão tentando, diz Nobel de economia Paul Krugman |
Uma frase que pessoalmente acho uma das mais estimulantes é: “você não junta pontos sem olhar para trás”.
Exatamente por isso esse texto é para as pessoas que usam essa ideia como vetor em suas vidas.
Qual motivo me levou a escrever sobre o tema? As atuais dificuldades econômicas e políticas que o Brasil enfrenta em 2025 já que tem muito brasileiro que desconhece o quanto o Brasil é pioneiro em tecnologia de inovação.
Somos pioneiros na postura de enfrentamento às doenças como febre amarela, peste bubônica e varíola. Ganhamos reconhecimento internacional em 1907, com o médico Oswaldo Cruz.
Enquanto o mundo acreditava que doenças se transmitia pelo contato com as roupas, suor, sangue e secreções de doentes, Oswaldo Cruz, porém, acreditava que o transmissor da febre amarela era um mosquito. Ele provou estava correto.
- Nós brasileiros Inventamos: o rádio, a radiografia, o escorredor de arroz, a urna eletrônica, o identificador de chamadas, o walkman, a máquina de escrever, o coração artificial, a fotografia, o painel eletrônico, câmbio automático, o balão a ar, o cinema 3D, o avião, o relógio de pulso, o soro antiofídico, Interfaces cérebro-máquina, escova progressiva e o cartão telefônico. Até mesmo aquele selinho que abre latinhas de bebidas foi ideia nossa. Ufa! Sabiam disso?
Agora pense no seguinte comentário:
- “Quando ela se aproximou, eu fiquei pensando: eu era governo quando ela estava presa”, disse. Continua:
- “Imagina o que ela devia pensar de mim? Só coisa horrível, né? Mas eu também pensei muito mal dela na época: terrorista, assassina, essas coisas.”
Sabe quem falou isso? O último ministro ainda vivo da era do governo militar no Brasil: Shigeaki Ueki.
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Shigeaki Ueki, junho de 2025 participando de debate no Instituto de Engenharia (CNC) |
- Onde aconteceu esse comentário ? Em junho de 2010, quando Ueki recebeu o Prêmio Top Etanol, o principal reconhecimento de lideranças que contribuíram para o desenvolvimento do setor.
Na plateia, estavam Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, na época os três principais candidatos à Presidência. No final da solenidade, Ueki foi abordado por Serra – que quis saber se havia discursado bem — e por Dilma.
Ao ser abordado por Dilma, Ueki pensou isso.
O que aconteceu quando Dilma o abordou no final do evento? Dilma lhe perguntou se ele era o Ueki ao que ele consentiu com a cabeça num típico gesto nipônico.
- Em seguida, Dilma Roussef lhe disse que gostaria de dar-lhe parabéns por tudo o que ele havia feito pela Petrobras. “Aí, eu fiquei fã dela, né?”, contou Ueki, sorrindo. “Todo mundo é meio egoísta, não tem jeito, mas fiquei fã. Fazer o quê?”
Hoje, em 2025 Shigeaki tem 90 anos, nasceu em Bastos interior de São Paulo e foi ministro de Minas e Energia do presidente Ernesto Geisel nos anos de 1974 a 1979, e após a posse do general João Batista Figueiredo na presidência da República deixou a pasta das Minas e Energia.
- Onze dias depois de deixar o Ministério, Ueki foi empossado na presidência da Petrobrás em substituição ao general Araquém de Oliveira, acumulando a presidência de duas subsidiárias da empresa: a Petrobrás Distribuidora e a Braspetro.
Ueki já foi uma personalidade muito requisitada globalmente como consultor da área de energia. Segundo ele, desde que deixou o governo evitava consultorias em solo nacional.
Estou contando isso para os leitores se impactarem com uma das maiores invenções tecnológicas do Brasil: o combustível a álcool. Saiba que a tecnologia é originária do Brasil.
O Pró Álcool resultou no que mais tarde viria a ser considerado o maior programa dedicado ao incentivo de biocombustíveis renováveis do mundo, baseado na cana-de-açúcar.
Por que não colhemos todos os “louros” (lucros) dessa invenção? Bem vou lhes contar.
- Enquanto o mundo todo estava preocupado com os impactos da primeira crise do petróleo e com possíveis novas crises (ocorreram várias), os idealizadores do Pró-Álcool desenvolveram uma tecnologia pioneira no Brasil.
Nessa época o governo militar, por sua vez, incentivou a medida forçando a produção de álcool no país e fornecendo subsídios.
Acontece que a tecnologia pioneira do novo combustível foi projetada originalmente para funcionar em motores a gasolina, com seus componentes que permaneciam inalterados. Os problemas foram inúmeros.
Entre os quais a corrosão de materiais em contato com o novo combustível, vazamentos, dificuldade de partida a frio e formação de goma no carburador.
- Agora pense rápido: inventamos um combustível inovador usado em automóveis fabricados por empresas estrangeiras.
Ainda assim, teimamos em corrigir os problemas. Com isso,
Já em 2003 os olhos do mundo se voltaram mais uma vez para o Brasil quando nossa indústria deu outro salto tecnológico e introduziu a tecnologia flexfuel.
Com motores aptos a funcionar com gasolina e etanol em qualquer proporção de mistura, a indústria ganhou em escala de produção e o consumidor passou a contar com liberdade de escolha no momento de abastecer. Também os brasileiros não corriam mais o risco de escassez de gasolina motivada por conflitos internacionais.
A tecnologia rapidamente se expandiu.
E assim o Brasil ficou menos dependente da gasolina mundial e reduziu em 10 milhões o número de carros no país que eram movidos pelo derivado do petróleo.
Obviamente isso chamou a atenção da ganância e da cobiça que rapidamente, voltaram os “olhos devoradores” para o Brasil.
- As empresas de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), como a Venezuela, a Arábia Saudita e o Catar fazem um cartel e têm como estratégia deixar a produção baixa para manter os preços altos. Entendeu agora por que o presidente Lula recusou o convite do mundo árabe para ingressar na OPEP+ ? Ele agiu corretamente!
- Certamente, o grupo cartelar quer ver o petróleo do nosso pré-sal à distância e mais ainda evitar a nossa independência de combustíveis fósseis.
O mesmo estágio é sobre as americanas, como a Chevron e a ExxonMobil já que na época do surgimento do nosso Proálcool a prioridade deles era produzir o gás de xisto.
O fracking (fraturamento hidráulico) a tecnologia usada para extrair provou ser um desastre. Foi associado a preocupações ambientais, como a contaminação da água subterrânea por produtos químicos e metano, um potente gás de efeito estufa.
- Mas até descobrirem isso os norte americanos acreditavam que isso poderia fazê-los deixar de ser importadores para virar exportadores mundiais.
- Sendo assim o petróleo do pré-sal, e a independência de combustíveis fósseis era concorrência.
Daí o que aconteceu a seguir foi óbvio:
- Como o mercado brasileiro é dominado por grandes montadoras multinacionais, e já naquela época o único fabricante brasileiro de automóveis a Gurgel Motores, de propriedade do engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel que acreditava fabricar um veículo 100% nacional acabou não conseguindo manter a produção.
A idealização do mercado brasileiro tornar-se proprietário da tecnologia foi por água abaixo.
Hoje, em 2025 se pesquisar sobre a tecnologia flexfuel, que permite que veículos usem tanto gasolina quanto etanol (álcool), vai descobrir que foi desenvolvida pela Bosch, um líder global de tecnologia e serviços e cujas operações do grupo na América Latina contribuíram para gerar um faturamento de 10,8 bilhões de reais, incluindo as exportações e vendas das empresas coligadas.
A considerar 2025 o que aconteceu com tecnologia flexfuel?
Bem como foi o Grupo Bosch uma empresa multinacional alemã de tecnologia e serviços, que ficou com o legado, a tecnologia flexfuel terminou por ser utilizada apenas em alguns países europeus, como Alemanha, França, Suécia, e Reino Unido, onde veículos flexfuel são vendidos e utilizados.
E nos Estados Unidos como terminou a tecnologia pioneira ?
- Os EUA também possuem uma frota de veículos flexfuel, embora a adoção não seja tão disseminada como no Brasil.
- A falta de infraestrutura de abastecimento e o conhecimento limitado dos motoristas sobre a tecnologia flexfuel são alguns dos fatores que limitam o uso de E85 (mistura de 85% de etanol e 15% de gasolina) nos EUA.
Ah, só lembrando:
A única empresa brasileira que ainda fabrica carros de forma independente é a Agrale. A empresa atua no mercado com caminhões, chassis para ônibus e veículos militares, sendo considerada a última representante da indústria automobilística nacional.
Apesar do cenário atual, temos ainda a Lecar que surge como uma nova esperança para a indústria automobilística nacional.
A empresa, com sede em Alphaville (SP) e fábrica no Espírito Santo, está desenvolvendo um veículo híbrido flex, o Model 459, com apoio de empresas brasileiras como o Grupo Randon e WEG.
Enquanto isso aproveitando-se da nossa instabilidade política o governo dos EUA implica com o nosso PIX, outra invenção exclusiva dos brasileiros. De que lado você torce?
Imagens disponíveis e retiradas do Google
Sites e links de pesquisas e compilações parciais dos textos
TOP Etanol homenageia personalidades marcantes da história do setor - UNICA
https://www.toledo.pr.gov.brÚltimo ministro vivo do governo militar faz visita ao prefeito de Toledo
As 20 maiores invenções feitas no Brasil ou por brasileiros - CM
O QUE FOI O PROÁLCOOL? | Anfavea
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