Uma nova era política global surgindo: o uso da geopolítica. Sem saber, aqui no Brasil deputado Eduardo Bolsonaro é o precursor dela.
Assistimos hoje, exatamente hoje um nova era política surgindo: o uso da geopolítica. Embarque comigo nessa novidade.
Primeiro é preciso conhecer o que ela significa: o termo "Geopolítica" foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén inspirado pela obra de Friedrich Ratzel de 1897, a Politische Geographie (Geografia Política)
As teorias geopolíticas clássicas pensavam o Estado como um organismo territorial. Nesse livro Ratzel, admitiu que o Estado
- agia como organismo territorial porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum,
- que era a defesa territorial, e implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do território, com isso
- unindo o povo ao solo.
Nessa canoa embarca o professor José W. Vesentini, que escreveu mais de 30 livros sobre geopolítica, em 2004 no seu livro Nova Ordem, Imperialismo e Geopolítica Global, ele disse:
A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial. |
Quem desejar ler o livro aqui está o link:
geografia política e geopolítica - JOSÉ WILLIAM VESENTINI - Baixar pdf de Doceru.com
Como caroneiros ainda nessa “cauda do cometa geopolítica” um relatório de 1972 discutiu a possibilidade de crescimento económico e com oferta finita de recursos. Para fazer isso, já nessa época foi estudado por simulação computacional.
Esse estudo utilizou o modelo computacional World3 para simular as consequências das interações entre a Terra e os sistemas humanos. Qual foi o resultado? Lembre-se que isso foi feito há 50 anos: o estudo analisou cinco variáveis críticas, todas assumidas para crescer de forma exponencial, refletindo os
- padrões históricos de expansão: população mundial, industrialização,
- poluição,
- produção de alimentos e esgotamento dos recursos naturais.
Tal abordagem permitiu aos pesquisadores explorar as interações complexas entre esses fatores e projetar as consequências de continuar seguindo essas tendências sem intervenção.
- O modelo visava demonstrar como a interdependência dessas variáveis poderia levar a um colapso ambiental e econômico global se medidas de moderação e sustentabilidade não fossem implementadas. O tempo veio em socorro para provar que o estudo estava correto.
No final, o estudo de 1972 destacou a necessidade urgente de políticas que:
- regulassem o crescimento industrial e populacional,
- melhorassem a eficiência na produção de alimentos, e
- mitigassem os impactos da poluição e do uso de recursos
Esse relatório se chamou “Os Limites do Crescimento” e foi encomendado pelo Clube de Roma.
Cinquenta anos à frente o Brasil se tornou o maior país da América Latina conseguindo registrar um crescimento econômico considerável em 2024, conforme projeções do Goldman Sachs.
O país alcançou uma taxa de expansão de 3,8% e superou outras economias latino-americanas, o que colocou o Brasil em destaque.
Mas temos um porém:
- Apesar do resultado positivo de crescimento econômico, a dívida pública ainda é uma preocupação crescente. A relação dívida/PIB do Brasil atingiu 76,1% em 2024.
Deveremos temer esse crescimento?É óbvio que não! Afinal só deve quem pode dever. É intrínseca a relação entre a capacidade de dever com a de arcar com a dívida. O Brasil aumenta sua dívida interna porque pode arcar com as consequências, e calem-se economistas pessimistas.
Quem está segurando o leme sabe o que faz, não é mesmo Prof. #FernandoHaddad?
Com isso em mente, destacamos que recentemente um dos representantes do Parlamento brasileiro o deputado Eduardo Bolsonaro do PL - SP em fevereiro desse ano foi o titular da queixa-crime apresentada à PGR pelo PT.
O PT acusa o deputado de cometer crime contra a soberania nacional do Brasil ao conspirar contra o governo brasileiro com parlamentares dos Estados Unidos.
A ação encaminhada à PGR pede que o órgão se manifeste sobre o assunto, o que ainda não aconteceu.
Qual a polêmica central disso? As constantes viagens do deputado Eduardo Bolsonaro estarem sendo usadas para instigar políticos, contra o STF.
A insistência do parlamentar de pedir socorro às instâncias internacionais com intuito de denunciar supostas arbitrariedades contra si, seus pares políticos e o ex-presidente que é seu pai, nada mais é do que uma confusão frequente daquilo que se identifica totalmente com a geopolítica.
Sem saber o deputado faz uso, ainda que em pequenas escalas das relações de poder entre paises. Inconsequentes? Não, apenas incipientes além de quase desnecessárias pelos motivos que o levam até lá.
Digo tudo isso porque as medidas adotadas hoje pela União Europeia surpreendem no contexto das relações geopolíticas.
Já as medidas de pressão comerciais adotadas pelo governo dos EUA contra o aço e alumínio europeus tiveram uma resposta exata nesse contexto geopolítico. Quer conferir? Veja
As medidas da UE em resposta cobrirão bens dos Estados Unidos no valor de cerca de 26 bilhões de euros o que representa US$ 28 bilhões, tem mais
E não incidirão apenas nos produtos de aço e alumínio, mas também têxteis, eletrodomésticos e produtos agrícolas.
Motocicletas, uísque, manteiga de amendoim e jeans serão atingidos, como foram durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump.
As medidas anunciadas hoje pela UE visam se blindar contra os pontos de pressão dos EUA, minimizando os danos adicionais à Europa.
Qual o ponto da geopolítica alcançado? Veja bem,
As tarifas — impostos sobre as importações — visam principalmente os estados republicanos, atingindo a soja na Louisiana, do presidente da Câmara, Mike Johnson, mas também carne bovina e aves no Kansas e Nebraska. Produção no Alabama, Geórgia e Virgínia também está na lista.
Por que esses estados republicanos? Na exata ordem que são estados governados por políticos do mesmo partido de Donald Trump. Cravou? Serão os que receberão primeiro maior “aperto” nas tarifas.
Finalmente,
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em um comunicado que o bloco “sempre permanecerá aberto à negociação”. Eu aplaudi
Arrebata sua investida geopolítica:
- “Como os EUA estão aplicando tarifas no valor de 28 bilhões de dólares, estamos respondendo com contramedidas no valor de 26 bilhões de euros”, disse ela. A comissão gerencia conflitos comerciais e comerciais em nome dos 27 países membros da UE.
- “Acreditamos firmemente que, em um mundo repleto de incertezas geopolíticas e econômicas, não é do nosso interesse comum sobrecarregar nossas economias com tarifas”, disse von der Leyen.
O mundo à beira de um colapso comercial global que trará inúmeros prejuízos de toda ordem à população global com efeitos imediatos no bolso e na mesa de cada um, sejam brasileiros, europeus ou norte-americanos, enquanto a nossa política tupiniquim gira em torno do “ego exponencial” de um pequeno grupo político.
Sai dessa, Congresso Nacional tá passando da hora de fazer jus à maioridade, e lá se vão 200 anos.
O maior partido do Brasil que é o Partido Liberal-PL necessita urgente de reformular sua postura política e assumir essa postura como principal oposição. Só assim vai merecer os vultosos recursos públicos que recebe e parar de utilizá-los com propaganda política de conversa fiada como “perseguir politicamente ex-presidente”. Quem persegue politicamente um inelegível? Arfh. Enquanto essa realidade da inelegibilidade existir isso é balela. O ex-presidente está inelegível por insultar e denegrir o sistema que o elegeu: as urnas eletrônicas. Só por isso!
Agora retorne o início do texto e reflita sobre as cinco variáveis do estudo “Os Limites do Crescimento”, qual recurso esgota primeiro? Deixo a resposta às reflexões do leitor, quanto a mim eu aposto no conflito com esgotamento dos recursos naturais. Pronto falei
Imagens disponíveis e retiradas do Google
Sites e links de pesquisas e compilação parcial dos textos:
https://capitalist.com.br/
https://time.com/7267096/eu-retaliates-against-trump-places-tariffs-produce-republican-states/
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