Brasil também não precisa das barbáries do governo de Donald Trump e as nossas commodities provarão isso!
Primeiro é preciso voltar ao passado recente, em um sábado do dia 5 de dezembro de 2020, na Geórgia durante um comício de apoio para senadores republicanos dos EUA Donald Trump em seu discurso deu um tempo considerável às alegações, feitas sem provas, de fraude generalizada na eleição nacional que levou a um democrata, Joe Biden a recuperar a Casa Branca.
Trump se recusou a admitir ter perdido a corrida eleitoral de 3 de novembro de 2020.
Ele afirmou: "Eles trapacearam e fraudaram nossa eleição presidencial, mas ainda assim vamos vencê-la", disse mais:
"E eles vão tentar manipular esta eleição também", disse Trump, à multidão, que cantou "Mais Quatro Anos!"
Trump pediu à multidão que votasse em candidatos republicanos no segundo turno da eleição da Geórgia em 5 de janeiro daquele ano. Apesar das suas alegações infundadas de fraude eleitoral significativa no estado.
Trump naquele comício repetiu seus ataques aos colegas republicanos que se recusaram a apoiar suas reivindicações, incluindo o governador da Geórgia, Brian Kemp.
No início daquele sábado em 2020, Trump tinha telefonado para Kemp e pressionou o governador no Twitter a tomar outras medidas para ajudá-lo a derrubar os resultados das eleições.
As alegações de Trump de fraude eleitoral generalizada foram rejeitadas por autoridades estaduais e federais em todo o país, e os inúmeros desafios legais de sua campanha quase falharam.
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É assim que termina a Presidência de Donald Trump. Não com uma lamúria, mas com um estrondo. (artigo de Anthony Zurcher no portal da BBC em 7 janeiro de 2021) |
Com a corrida eleitoral já perdida no dia 6 de janeiro de 2021 manifestantes se reuniram para o comício "Save America", um evento planejado no parque The Elipse onde os participantes ouviram os discursos de aliados como o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani. Este convocava os presentes a resolverem a disputa eleitoral num "julgamento por combate". O que você acha que aconteceu em seguida?
Uma multidão furiosa - impulsionados por falsa alegação de fraude eleitoral - invadiu o Capitólio com tumultos, vandalismo, saques e agressão. Essa invasão durou boa parte da tarde e continuou até o começo da noite.
Só na madrugada daquele dia, as forças policiais conseguiram recuperar o controle do Capitólio, que ficou bastante depredado.
Resultado disso? 4 mortos, 1 100 indiciados judicialmente, 1 policial morto e 138 policiais feridos com 15 hospitalizados. Uau
Um ano depois situação semelhante ocorreu no Brasil.
A diferença é que os norte-americanos são manipuláveis pelo ódio, pela soberba da segregação racial, e por eficientes estrategistas que desafiam o óbvio das carências sociais para conquistarem votos. Trump para se eleger em 2024 até “fingiu” ser atendente da rede McDonald’s. Afinal para quem nunca trabalhou um único dia por um salário até que ele se saiu bem.
Já os brasileiros em 2022 provaram, com o auxílio das nossas responsáveis instituições públicas - o trio de peso eleitoral STF, TSE e MPF - que não são tão vulneráveis assim! Ufa
O “copiador” brasileiro do flautista Trump está inelegível e o seu staff desarticulou, com a prisão do “contratador”. Como isso é possível? Calma vamos chegar lá comparando os dois cenários.
Trump depois de instigar o povo a atacar e depredar o Capitólio, foi condenado pela Justiça americana e ainda assim foi eleito e empossado. Como acontece isso? Veja:
- “Lá nos EUA inexiste um código eleitoral unificado, que valha no país inteiro, como temos no Brasil.
- Respeitados os direitos de igualdade formal expressos na 14ª Emenda, bem como alguns poucos requisitos e limitações, cada estado tem autonomia quase irrestrita para legislar sobre procedimentos eleitorais.
- São, até certo ponto, soberanos inclusive para determinarem como se dará a eleição federal para presidente e vice-presidente em cada estado”, ensina o jurista Antônio Gil no “Inelegibilidade no(s) ordenamento(s) estadunidense(s) - https://www.migalhas.com.br/depeso/399974/inelegibilidade-no-s-ordenamento-s-estadunidense-“
Isso prova que nós brasileiros no seguimento da legislação eleitoral estamos anos-luz à frente dos norte-americanos. Com a nossa democracia não se “toca flauta hipnótica”. Aplausos para nós e aos nossos poderes constituídos. Voltemos ao EUA.
A nova investida política de Donald Trump provou que “vendendo” ódio aos imigrantes, antipatia e exclusão das diversidades, promessas de medidas econômicas que não poderão se cumprir, além do anseio de tomar o que não lhes pertence como o golfo do México e Canal do Panamá - resultou na sua eleição pelos desalentados eleitores norte-americanos. Trump retornou ao poder de controlar a maior economia do Planeta.
A foto mais antiga do Piper (flautista) copiada da janela de vidro da Igreja do Mercado em Hameln/Hamelin Alemanha (c.1300-1633)
E já começou energizado! Risos, como um “completo” flautista de Hamelin. Voltando em um governo previsível onde só ficarão os opulentos habitantes, com seus celeiros repletos e suas despensas bem cheias, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza. Igualzinho.
Sinto muito pelos norte-americanos mais fragilizados.
Exatamente aqui reside o “perigo” dos resultados da atual gestão trumpista. Suas ações e decisões poderão afetar além dos norte-americanos (merecedores de uma boa lição), todo cenário global econômico e social.
Diz o conto folclórico, um dos mais antigos dos Irmãos Grimm que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin na Alemanha em 26 de junho de 1284. Tem até data exata: “na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança”.
Hoje todos nós brasileiros somos mais fortes e cada vez menos dependentes de outros governos. Produzimos boa parte do que consumimos e exportamos excedentes. Que isso perpetue!
No ano passado, as principais commodities brasileiras exportadas para os Estados Unidos foram:
- O petróleo bruto (participação de 14% no total das exportações brasileiras para o país);
- Semimanufaturados de ferro ou aço (8,8%);
- Café (4,7%);
- Oleos combustíveis (4,3%);
- Celulose (4,2%);
- Ferro gusa (4,4%);
- Ou seja o governo Trump precisa muito mais de nós do que nós deles.
- Afinal se outro governo comprar o que produzimos o resultado será deixar os norte-americanos “de pires na mão”, passando a comprar o que precisam em euro (EUR), libra esterlina (GBP) ou franco suíço (CHF) ou até mesmo o yuan chinês as ditas moedas fortes. Aí lascou, risos 🤭
Lembrando que a moeda chinesa em setembro do ano passado (2024) superou o dólar americano em 7 por 1.
Afinal sem a força vinculante das nossas commodities hoje dolarizadas, a moeda norte-americana perderia parte do seu valor agregado.
Que venha o hipnotismo capitalizante, o Brasil está pronto e valendo com a experiência do professor Fernando Haddad à frente da nossa equipe econômica. É pra valer!
Imagens disponíveis e retiradas do Google
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