Risco Nuclear em Alta: Enquanto os Ricos Buscam Bunkers, o Que Resta ao Povo?

Para aqueles que não sabem disso em novembro de 1988, o Morris worm - um programa de computador experimental escrito por um curioso estudante de pós-graduação - involuntariamente aleijou a Internet primitiva e expôs pela primeira vez as sérias consequências de software mal projetado. 


Um jovem curioso, sem má-fé, escreveu um código para estudar a rede.

Mas um erro simples — uma taxa de reinfecção mal calculada — mostrou como o descuido no design de software pode derrubar sistemas inteiros.


Foi a primeira vez que a humanidade percebeu, de modo palpável, que o mundo digital pode cair não por maldade, mas por imprudência. Avalie a vulnerabilidades dos aparatos nucleares diante disso! Assustador não é? 


Quase 40 anos depois, o mundo ainda funciona com código frágil repleto dos mesmos tipos de falhas e defeitos. 


Em meio a notícias frequentes sobre hacks e vazamentos, uma verdade fundamental é frequentemente negligenciada: os Estados Unidos não têm um problema de segurança cibernética. Tem um problema de qualidade do software. 


A indústria multibilionária de segurança cibernética dos Estados Unidos existe em grande parte para compensar softwares inseguros. Quem desejar saber mais acesse o link: 

https://www.foreignaffairs.com/united-states/end-cybersecurity

Como Sobreviver à Nova Era Nuclear

Segurança Nacional em um Mundo de Riscos Proliferantes e Restrições Corrosivas


Assim em 2009, quando presidente Barack Obama chegou ao cargo de presidente dos Estados Unidos, as armas nucleares pareciam cada vez mais supérfluas. 


À medida que a Guerra Fria se transformava na história, Moscou e Washington, as duas superpotências nucleares do mundo, trabalhavam juntas há muito tempo para reduzir seus arsenais. 


Ao mesmo tempo, após anos de prolongadas guerras convencionais no Afeganistão e no Iraque e a mais ampla “guerra ao terror”, o establishment de defesa dos EUA estava muito mais preocupado com o contraterrorismo e a contra-insurgência do que com a estratégia nuclear e a rivalidade entre as grandes potências. 


Ou seja a noção de que qualquer outro país tentaria alcançar a paridade nuclear com a Rússia e os Estados Unidos estava completamente descartada. 



Mas não paramos por aí. Por isso te pergunto: você faz ideia de quantos indivíduos alcançaram acumular fortunas acima de 1 bilhão de dólares até 2025? 


De acordo com a edição de 2025 da Forbes (“The World’s Billionaires”), foram identificados 3.028 indivíduos em todo o mundo com fortuna de US$ 1 bilhão ou mais.  

E no Brasil quantos brasileiros compõem essa lista? 


Os dados sobre bilionários na América Latina, no Brasil — à luz das listas da Forbes:

São esses: 

  • Na América Latina, são 95 indivíduos com fortuna igual ou superior a US$ 1 bilhão segundo a Forbes em 2025.  
  • Deste grupo, o Brasil concentra o maior número na região, o país tem 65 bilionários segundo uma fonte com base em levantamento para a América Latina.

Agora questione: como será que esses super ricos planejam se proteger da ameaça de uma era nuclear? Afinal acumularam “fortunas” suficientes para acharem que eles e suas famílias merecem um futuro mais promissor, do que os pobres e miseráveis que não possuem fortunas. 


Há evidências de que algumas pessoas muito ricas estão investindo em bunkers ou abrigos “à prova de catástrofe”. 


Empresas que fabricam bunkers “de luxo” relatam que trabalham com clientes de perfil ultra-rico — por exemplo, descrições de bunkers para milionários/técnicos que preveem “o evento” (colapso, pandemia, guerra, etc.).  


Há projetos conhecidos como o Vivos Group (EUA) que oferecem abrigos subterrâneos de grande porte, onde os “membros” podem comprar espaço.  



Também se fala de um mercado de bunkers de altíssimo luxo — “condomínios subterrâneos” ou silos adaptados para sobrevivência prolongada.  


Tudo acontece porque os super ricos acreditam nas razões que incluem: medo de desastres climáticos, pandemias, colapso social, guerra nuclear ou biológica. Acontece que esse medo é geral na humanidade! Quer tenhamos fortunas ou não! 


Nem tudo pode ser simples ou generalizado  como padrão de fortunas acumuladas. Veja

Esse tipo de construção não é algo generalizado para “os ricos todos”. É mais uma parte de nicho — “os ultra-ricos que se preocupam com cenários extremos”.  


Há limitações práticas: construir um bunker que realmente funcione como abrigo total de catástrofe é caro, complexo, e pode depender de muitos fatores (suprimentos, manutenção, logística) que tornam todo o projeto vulnerável.  


Tem mais, a motivação de muitos observadores é mais “seguro-sair do planeta” do que o status de uma garantia de sobrevivência plena no planeta, há aqui componentes psicológicos ou simbólico forte.  


É verdadeiro que esse fenômeno de bunkers para os muito ricos existe, porem não é algo universal ou “todo rico está fazendo isso”. 


Exatamente na ordem que existem muitos “poréns”: os riscos, a utilidade prática, a moralidade e o impacto social levantam questões  - por exemplo: se apenas alguns se isolam, o resto da sociedade fica vulnerável?. É imoral isso! 


O dinheiro jamais poderá ser tomado como “fator de sobrevivência da espécie humana”. A vida é frágil por essência: basta um vírus invisível para expor nossa vulnerabilidade, seja qual for a fortuna acumulada.


Mesmo quando desconsideramos todas as vulnerabilidades secundárias, permanece uma verdade inescapável: a existência humana é consciente de si, finita e rigorosa em seus limites. 


Por isso, não se molda — nem pode se moldar — a projetos de riqueza pessoal como se fossem garantia de continuidade da espécie.


É ilusório imaginar que o futuro humano possa ser construído sobre sistemas de ideias que coloquem a fortuna como motor da sobrevivência. 


O universo estável ao qual nos acostumamos desliza sob nossos pés, e as estruturas sociais, por sua própria natureza especulativa, não sustentam uma visão puramente econômica da inteligência humana. Qualquer reflexão séria precisa apoiar-se em pensamento amplo, profundo e universal.


um milhão de sementes e uma árvore


Alfred N. Whitehead lembrava que “a natureza age de maneira aleatória, por desperdício: um milhão de sementes e uma árvore, um milhão de ovas e um peixe, um milhão de espermatozoides e um indivíduo.” (A Função da Razão, cap. III).

É a própria “voz da natureza” que se impõe — e essa voz não cabe em bunkers erguidos pelas mãos humanas.


A rotina da vida, esse padrão universal que atravessa gerações, sempre impeliu a humanidade a buscar uma existência melhor. E é dessa força simples e antiga que nasce o verdadeiro sentido de continuidade, não de fortunas acumuladas nem de abrigos subterrâneos.









Imagens disponíveis e retiradas do Google 

Sites e links de pesquisas, consultas e adaptações parciais indicadas no texto

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