Democracia não é trono: o Brasil no rumo certo, ao contrário de Trump. Entre a democracia e o trono: o contraste entre o Brasil e Donald Trump
Trump e as suas ideias ultrapassadas para justificar novas invasões
Donald Trump volta a defender ações militares contra outros países, enquanto os Estados Unidos enfrentam crise alimentar, cortes em programas sociais e aumento da insegurança interna. Um retrato das ideias ultrapassadas que insistem em colocar o poder acima das pessoas.
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Trump 2025, política externa dos EUA, invasão da Nigéria, guerra no Afeganistão, crise alimentar nos Estados Unidos, programa SNAP, insegurança alimentar EUA, Trump e Venezuela, democracia e poder, análise política internacional.
Trump e a velha retórica da “liberdade armada”
O ex-presidente Donald Trump voltou a recorrer a um velho expediente da política externa norte-americana: justificar ações militares em nome da liberdade.
Neste sábado, Trump afirmou ter ordenado ao Departamento de Defesa que se preparasse para possíveis ataques à Nigéria, acusando o governo local de não proteger cristãos da perseguição religiosa.
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O presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu nega que o país viole a liberdade religiosa dos cristãos. (Olamikan Gbemiga/AP) |
O presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu negou as acusações, classificando-as como tentativa de interferência indevida.
A retórica de Trump é conhecida — e o mundo já viu as consequências dessa política de “salvadores armados”.
O Afeganistão: um exemplo do fracasso americano
O Afeganistão é um lembrete trágico do custo humano das intervenções norte-americanas.
Em 1996, o país foi tomado pelo grupo Talibã.
Cinco anos depois, em 2001, os Estados Unidos invadiram o território, alegando combater o terrorismo e instaurar uma nova democracia.
O resultado foi uma guerra civil sangrenta, com mais de 150 mil mortos, atentados, torturas, sequestros e destruição generalizada.
Durante duas décadas, o novo governo afegão sobreviveu dependente do apoio econômico e militar americano.
Quando os EUA começaram a se retirar em 2020, o exército afegão desmoronou.
Em 30 de agosto de 2021, a retirada foi concluída — e o Talibã voltou ao poder, anulando anos de promessas e devastando esperanças.
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Pilotos americanos embarcando no C–17 Globemaster III, na Base Aérea de Al Udeid, em abril de 2021.
Trump e a retirada que precipitou o caos
Durante o primeiro governo de Trump, os EUA iniciaram a redução de tropas no Afeganistão — de 13 mil para 8,6 mil soldados até julho de 2020.
Com a derrota eleitoral, Joe Biden manteve o plano de retirada total, condicionado à boa-fé do Talibã, que jamais se concretizou.
O fim da presença americana marcou o retorno ao caos, especialmente para mulheres e minorias, e expôs o fracasso de um modelo de política externa baseado em força militar e promessas vazias.
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EUA Os jatos Lockheed Martin F35-B dos fuzileiros navais chegam em formação ao Aeroporto José Aponte de la Torre em 13 de setembro em Ceiba, Porto Rico. (Miguel J. Rodriguez Carrillo/AFP/Getty Imagens)
O mesmo roteiro contra a Nigéria e a Venezuela
Agora, Trump repete o roteiro.
Ameaça Nigéria e Venezuela com o mesmo discurso que, ao longo das décadas, justificou invasões, sanções e destruição de países inteiros.
Enquanto isso, os problemas internos dos Estados Unidos crescem — e são ignorados por quem busca retomar o poder a qualquer custo.
Crise alimentar e social nos Estados Unidos
Em 2025, os EUA enfrentam escassez de alimentos e aumento de preços.
Uma gripe aviária afetou a produção de ovos, e as políticas migratórias restritivas reduziram a mão de obra agrícola.
Além disso, o país viu cortes no programa SNAP, que garante alimentação a milhões de famílias.
Cerca de 42 milhões de pessoas ficaram sem assistência, ampliando a insegurança alimentar.
As interrupções no governo federal agravaram o cenário, atrasando benefícios e deixando famílias vulneráveis sem amparo.
Enquanto isso, Trump insiste em ameaçar outras nações, em vez de enfrentar os desafios sociais e econômicos dentro do próprio país.
Democracia não é trono
Nos tempos da monarquia, governava-se para o bem-estar do rei e de sua corte.
A democracia, ao contrário, existe para promover o bem-estar da sociedade e dos cidadãos.
Ao agir como se o poder fosse um trono a reconquistar, Trump demonstra pensar como um monarca, não como um democrata.
E essa talvez seja a sua maior contradição: querer salvar o mundo enquanto ignora a própria casa em ruínas.
Enquanto isso confira a imagem do Brasil no gráfico:
📌 Por Vera Lúcia
Servidora pública, advogada e observadora crítica dos rumos da política internacional.





Ao que parece, Trumpp está apressando a demolição do sonho "americano"!
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