Direito internacional diferencia uma operação legal de uma execução sumária em águas internacionais? Isso mostra o limite exato entre legalidade e ilegalidade
Governo Trump executa traficantes sem direito a defesa, utilizando armas das forças militares dos Estados Unidos e expõe para o mundo todo como se fosse um show
1. Aspecto jurídico
• Águas internacionais: Pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), nenhum país tem soberania plena em águas internacionais. A ação de um Estado só é permitida em situações muito específicas, como pirataria, tráfico de escravos, ou em casos de autorização internacional.
• Execução sumária: Matar suspeitos sem julgamento ou direito à defesa caracteriza execução extrajudicial, o que fere princípios básicos do direito internacional e direitos humanos.
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2. Aspecto político-militar
• Os EUA têm histórico de usar armamento de alta tecnologia (drones, satélites, mísseis de precisão) para operações contra alvos que consideram ameaças globais, principalmente no combate ao terrorismo e, em alguns casos, ao narcotráfico.
• No entanto, quando essas ações ocorrem fora do território americano e sem autorização de outros países ou organismos internacionais, elas são vistas como atos de força unilateral.
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3. Aspecto propagandístico
• Divulgar vídeos com imagens de satélite ou câmeras militares não é só para “informar”: é também um ato de poder simbólico, para mostrar superioridade tecnológica e intimidar inimigos.
• Do ponto de vista diplomático, isso transmite a mensagem de que os EUA se reservam o “direito” de agir mesmo à margem de normas internacionais.
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4. Aspecto ético
• A lógica de “guerra contra o tráfico” pode ser usada para justificar operações sem devido processo.
• O problema é que isso abre precedentes: se um país pode matar suspeitos sem julgamento, outros podem se arrogar o mesmo direito — o que mina o próprio sistema internacional de justiça.
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👉 Em resumo: esses atos podem ser apresentados como “legítima defesa global” pelos EUA, mas, no direito internacional, configuram violações sérias, sobretudo se não houver autorização da ONU nem flagrante de pirataria. O fato de divulgar os vídeos transforma a ação em espetáculo político-militar, mais do que em aplicação da lei.
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