Mentir, trapacear, manipular até onde podemos ir para aprovar uma lei?
Mentir, trapacear, manipular até onde podemos ir para aprovar uma lei?
Em primeiro lugar é preciso lembrar que políticos querem que as pessoas vejam o mundo como eles veem. É esse o momento em que o Congresso - Câmara e Senado - discutem um Projeto que vai se transformar futuramente em Lei.
Mas devemos levar em conta que as duas Casas legislativas - Câmara e Senado - tem proteções tradicionais para os partidos minoritários. Afinal, se o Congresso é “o coração e a alma da democracia”, deve necessariamente refletir todos os nossos pontos fortes e todos os nossos pontos fracos.
Deve refletir as nossas diferenças regionais, nossa diversidade étnica, religiosa e racial, nossa infinidade de profissões e nossas percepções e modelagens de opinião sobre tudo, desde o valor da guerra até a guerra por valores.
É por isso que o Congresso é o órgão mais representativo de um governo, ou seja é essencialmente encarregado de conciliar nossos muitos pontos de vista sobre as grandes questões de políticas públicas do dia.
No entanto o que estamos vendo nesse atual Congresso que ganhou muitos assentos “apoiado”, em grande parte, com recursos eleitorais de um presidente que não se reelegeu?
Vemos muitos congressistas se curvando as circunstâncias de “quem tinha o poder”, menosprezando que o Congresso, igual a sociedade, está em constante mudança isso requer acompanhar o fluxo.
O equilíbrio do poder necessita de interação, não é de rejeição. Entende a diferença? O político, por excelência deve entender e aceitar isso, pois de outra forma nada entende de política!
Vemos uma oposição ao atual Governo em completo desequilíbrio “torcendo contra”medidas que podem dar certo, quando na verdade deveriam defender o “equilíbrio do poder em diferentes partes do Governo” que continuam a mudar obedecendo ao fluxo da sociedade.
É para isso que serve um Congresso, não é para “encenar” antigos desenhos animados infantis tipo “Tom e Jerry”, ou “Frajola e Piu-Piu”. Cômico se não fosse prejudicial.
No fim devemos destacar que um político é eleito para representar uma parcela da sociedade e não a “intenção” daquele que custeou sua campanha.
Se a partir da sua representatividade o político não consegue se manter no poder, obviamente não merece reeleição, uma vez que “quem o reelege” - o pós poder - é a soma da sua atuação no Congresso!
É preciso que o político acate o fluxo dos seus eleitores, ouvindo a parcela que ele representa, não é a vontade do seu “financiador”, que tecnicamente deveria ser os partidos e não um governo. Aqui está o equilíbrio do poder
Um aspecto intrigante da versatilidade do poder político é observar que um partido minoritário não aprova nenhuma legislação, se não tiver o apoio da maioria, e muitas vezes essa aprovação ocorre com uma estreita margem, mas alcança aprovação. Isso é o equilíbrio do poder político.
Nenhuma oposição deve se empenhar em ter “maioria de assentos” afinal o Congresso deve acompanhar o constante fluxo de mudanças da sociedade, e a estrutura interna do Congresso é importante para entender essa interação.
Nenhum partido pode ganhar o “controle” do Congresso, já que por razões estruturais as normas garantem que partidos da minoria tenham sempre uma palavra a dizer. Isso é enfrentar uma “desvantagem estrutural” favorável para manter o equilíbrio do poder.
Enquanto a Câmara dos Deputados dá voz aos mais fortes, mais representativo nos estados mais populosos (maior número de deputados), já o Senado é projetado para ser um “corpo” onde todos os Estados tem voz igual: três senadores por unidade da federação. Essa é a principal característica que distingue o Senado.
O Senado não precisa negociar, não precisa se comprometer, e a sociedade continuará a mudar em um fluxo constante.
Enquanto a Câmara recompensa o investimento de "tempo para construir relacionamentos significativos com seus colegas com base na confiança”, interagindo com as chamadas instituições intermediárias, como os partidos políticos, associações cívicas, grupos de interesses e mídia de massa,
Já o Senado não precisa pensar no poder de permanência de uma legislação e sim no equilíbrio do poder, longe das hostilidades constantes do fluxo de mudanças, para isso o mandato senatorial é mais longo.
Isso é a Constituição, invés de democracia apelativa em abstrato! Lindo isso, não é?
Imagens disponíveis e retiradas do Google
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