O que a versão do paciente Jó tem a ver com políticas públicas garantindo na prática direitos constitucionais?

Quem no mundo atual não conhece a história do paciente e heróico Jó? 

Aquele que suporta todas as calamidades que lhe são afligidas para testar a sinceridade da sua piedade e no final é recompensado com dobrada prosperidade. 


Mas se prestar bem atenção na história vamos ver que dois personagens foram fundidos na versão: “Jo, o paciente”, o herói da história e o “Jo, o impaciente”, a figura central do diálogo a contender com a soberania do seu Criador. 


Nessa velha história a moral é: a piedade em si é a verdadeira VIRTUDE e no fim é recompensada! 


A versão de  é mencionada pelo profeta Ezequiel ao lado de Noé e Daniel(Eze.14:12-20) como modelo de integridade, senso de justiça e equidade(retidão). 


Logo, vemos que Ezequiel um pensador profundo e sobrevivente do Exílio Babilônico usou o infortúnio do herói Jó como cenário para “crises de fé”, inclusive a dele após o exílio. 


Partindo daí sabemos que a versão de Jó era conhecida entre judeus exilados 400 anos antes de Cristo (a.C)


Agora sigamos 400 anos à frente, vamos encontrar essa região - a Judeia - sob o domínio dos romanos. Nessa região e época viveu e morreu Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo.

  • Questione-se: faz ideia da distância entre a antiga Judeia e a Itália, o berço dos romanos? Confira no mapa:


São mais de 2 mil e 200 quilômetros! Agora reflita: toda essa distância foi percorrida a pé por milhares de soldados romanos divididos em legiões e prontos para a batalha! 


Pense na fome, no cansaço, na exaustão, acirrados com a saudade dos entes queridos na terra natal. No entanto todas essas dificuldades eram superadas pela força e a vontade de “vencer e dominar”! 


A região da Judeia, após a revolta de 132-135 anos depois de Cristo (d.C) teve o nome trocado para Síria Palestina. E decorridos dois séculos e meio depois (em 395 d.C.) todo o poderoso Império Romano foi dividido pelo imperador Teodosio em duas partes: Ocidental e Oriental. 


A divisão resultou no quebrantamento do Império que se reduziu drasticamente. O ímpeto romano cumpriu sua “missão”. Qual missão? Veja:


Nem pelo declínio do império, a realidade deve ser negada: todo legado que possuímos no Ocidente entre eles a língua, o alfabeto, técnicas arquitetônicas e as leis são algumas das coisas que este vasto império deixou para a cultura Ocidental. 

  • Já se questionou por que isso aconteceu? Como uma longínqua nação alcançou tamanha “frequência global”?

Não esqueça que naquela época não existiam veículos, trens, aviões ou armas supersônicos ou internet. Cavalos tinham custo elevado para um exército inteiro. 


Então como foi possível tanta progressão em terras longínquas? Foi por acaso? Óbvio que não! Nada nesse mundo acontece por “acaso”. Veja;


Para compreender é preciso voltarmos a formação da geração  inicial da nação romana: 


Eneias foge de Troia em chamas, Federico Barocci, 1598, Galleria Borghese, Roma


Eneias, era filho de Vênus (a Afrodite dos romanos). Ele era um famoso guerreiro troiano e após o fim da Guerra de Tróia que destruiu sua nação ele foi salvo por sua mãe e se tornou rei dos latinos, na Península Itálica. 


Latinos eram filhos de Lácio, também chamados de Fauno ou Lupercais habitantes da região. 


Durante a fuga Eneias teve uma visão onde seus tutelares ordenaram-lhe ir para o local chamado Dárdano, antes chamado Hesperia agora a Itália. É a maior península da Europa. 


Eneias contou ao seu velho pai, Anquises que lembrou a sua filha Cassandra profetizara que uma nova Tróia iria erguer-se na Hesperia.


Quando Eneias chegou ao Lacio, o rei Latino concedeu-lhe casar-se com sua filha Lavínia. 


Com Lavínia, Eneias teve um filho chamado Silvio e outro com uma mulher troiana, que se chamou Ascanio.


Após a morte de Eneias, seu filho Ascânio herdou o trono e fundou Alba Longa da qual seus descendentes serão reis sucessivos. 


Sete gerações de reis descendentes de Eneias se passaram, daí em 753 a.C ocorreu a fundação de Roma, a segunda Troia, pelos gêmeos Romulo e Remo descendentes maternos de Eneias, mas filhos diretos do deus Marte. 


Romulo e Remo eram filhos de Reia Silvia que foi obrigada a tornar-se vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa Vesta) pelo seu tio Amulio que usurpou o trono do seu pai, Numitor.


Amulio só não contou com um detalhe: Reia Silvia foi seduzida por Marte e deu à luz os gêmeos Rômulo e Remo. 


Amúlio prende Reia Sílvia em um calabouço e manda jogar seus filhos no Rio Tibre. Esse relato tem semelhança com uma das passagens do Antigo Testamento em Êxodo 2:1-10.

Os gêmeos foram salvos, encontrados por uma loba que os amamenta e depois por um pastor de ovelhas. No local onde foram encontrados, hoje abriga a mais antiga basílica de Roma: Basilica di Sant'Anastasia al Palatino.


Os gêmeos cresceram na aldeia com os pastores e saqueavam as caravanas que passavam pela região.


Em um desses saques Remo é capturado e levado a Alba Longa.


O pastor que os achou revela a  Rômulo a história de sua origem.


Romulo parte para a cidade de seus antepassados, liberta seu irmão, mata rei Amúlio e devolve a Numitor o trono e todas as honrarias que lhe eram devidas. Em seguida deixam a cidade. 


Só então decidem fundar uma nova cidade, próximo ao rio no local onde haviam sido abandonados: 

  • Rômulo chama a nova cidade de Roma, que seria edificada no Palatino. 
  • Enquanto Remo queria criar Remora fundada sobre o Aventino. 

Quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação? 

Isso gerou um conflito entre os irmãos e após uma acirrada discussão terminou com a morte de Remo. 


Assim Rômulo reinou sobre Roma por 38 anos. Durante seu reinado ocorreu o rapto das sabinas, uma tribo de mulheres seminuas assemelhando as Amazonas.


Com isso a primeira geração de homens romanos teria se originado do rapto das filhas das famílias sabinas vizinhas: conhecidos também como Lacedemónios, povo versado no uso das armas, descendentes dos espartanos. 


Rômulo faleceu em 11 de julho de 716 a.C durante uma tempestade. 


A geração romana expandiu criando o vasto império, que dominava  a região onde Jesus nasceu. 


Atualmente a Itália é só mais um país europeu como muitos outros do PlanetaTerra. 



O Poderoso império romano desapareceu assim como todos outros que já existiram: Chinês, Egípcio, Macedônico, Persa, Otomano, Bizantino, Russo, Britânico, etc…

Entrelace: 

  • Os gregos destruíram Tróia, 
  • Troianos fundaram Roma, 
  • Romanos dominaram a Judeia, a terra prometida dos judeus 
  • De cuja linhagem (davidica) deu origem e berço ao Cristianismo, 
  • Hoje é o maior império do mundo religioso com cerca de 2,4 bilhões de adeptos.

Um império fundamentado na mais antiga versão heróica da PIEDADE como a verdadeira virtude que no fim é recompensada (Jó)! Tudo foi um acaso? 


Os gregos nos deram a Democracia. Os romanos as leis e a República e o Cristianismo nos deu as políticas públicas com valor fundamental na piedade recompensada. Ainda tem dúvidas que tudo foi por acaso? 


Pirâmides sitiadas no Planalto de Gizé


“A Escritura diz a Faraó (Reis): Para isso mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a Terra. Logo tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz” - Carta aos Romanos 9:17-18)


Quanto a mim não acho que é por “acaso”! 

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