As cabras e as suas barbas: você sabe ver além da curva?


A questão é: você sabe ver além da curva? Nossos olhos observam e moldam o mundo como o vemos de forma linear e horizontal. 

Quer um exemplo? Olhe a fiação da rede elétrica dos postes na rua. Se você estiver paralelo a fiação, caso estejam bem alinhados verá apenas um fio. Já se olhar de baixo para cima vai ver quantidade deles! Reparou? 

Tudo bem, mas o que isso importa? Veja, não há alternativas se não mudar o ângulo! Volte para você: Todos os dias você se vê refletido em um espelho, é como “ver um único fio paralelo”. Mas você sabe que há mais fios paralelos. Você pode ver de outro ângulo: de cima para baixo ou de baixo pra cima. 

Diante disso veja que ao contemplar a sua imagem todos os dias você está de frente com espaço para o que é novo, igualzinho a ver os “fios de baixo para cima”. 

No entanto, nós não procuramos “crescer para moldar novos hábitos”, ou seja, ver os fatos numa moldagem diferente. Isso é “olhar além da curva”. Ver mais que “horizonte”. Entendeu? 

Mas tenha em mente: nós podemos mudar somente a nós mesmos, jamais os fatos. Estes, os fatos mudam a medida que mudamos nossa forma de vê-los, observá-los.

Todos temos potenciais cognitivos para isso: “ficar de frente com o espaço para o que é novo”. A direção da causalidade parte da mente para o mundo, não é o contrário

No texto anterior, mais recente do blogger falei sobre a nossa capacidade de percepção, assim enquanto percebemos o mundo a “função cognitiva é responsável por perceber, enxergar e compreender o mundo em que vivemos”. É o olhar diário diante do espelho. 

Contudo nós possuímos outra função: a função manipulativa aquela responsável por moldar e manipular a situação em que estamos inseridos ao nosso favor. Igualzinho a qualidade entrópica da água, ela molda-se ao ambiente. 

Repare que se a função cognitiva pudesse agir isoladamente só produziríamos afirmações verdadeiras. Um único olhar é o que percebemos, já quando usamos a função manipulativa os fatos já não servem como critério, é como olhar de outro ângulo, “ver mais fios”, “ver além da curva”

Para usar com habilidade essas duas ferramentas precisamos agir “virtuosamente” exatamente porque somos feitos à imagem e à semelhança  do nosso Criador! Se somos “criatura” precisamos nos assemelhar ao “Criador”, é a ordem natural. 

Para melhor compreensão disso vou usar uma das fábulas de Esopo, As Cabras e suas barbas. Vamos lá: 

“As cabras machos (bodes) irritados por verem que as fêmeas também possuíam barbas devido a Júpiter, o criador ter atendido a um pedido delas, foram rapidamente procurá-lo para registrarem sua discordância e o seu descontentamento. Alegavam que as fêmeas se assemelhavam aos machos em dignidade. 

O criador sabiamente retrucou: -Permita-me justificar, os machos podem continuar a desfrutar dessa honra vazia, mas desde que não se igualem em força ou coragem”.

Lição de casa: de nada adianta, nem importância tem aqueles que são iguais em aparências externas, quando são inferiores a nós em méritos. Aqui está o moldar um novo olhar! 

Homens, mulheres, não são diferentes ou sequer um sexo tem mais dignidade do que o outro, aparências não são importantes, a moldagem de cada um é o que tem valor. 

A merecida importância, a dignidade de uma pessoa não está na “barba” isso qualquer um pode ter, até as “fêmeas”, está sim, na sua capacidade de ir mais além, de desenvolver sua função cognitiva muito além da manipulação. 

Homem e mulher não são diferentes, são apenas seres em uma realidade onde uns podem ter mais méritos do que outros. Pronto, falei! 

(Não) Olhe para cima? Isso é você quem decide



Imagens disponíveis e retiradas do Google 

Links de consulta:

https://www.worldhistory.org/article/664/aesops-fables/





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Existe vida após a morte? A banalidade da vida cotidiana nos empurra a resposta: Sim? Não?

As novas regras da LDO e os vetos do governo Lula até ao atual cenário político do Brasil. Como tudo isso afeta seu bolso?

Pobres não são nobres! Será que não? A luta de classes no atual Congresso Nacional