Nas últimas eleições na Grécia, o berço da Democracia, 48% do eleitorado se recusou a votar. O Brasil caminha para esse quadro preocupante! Quais os motivos?


A pandemia desempenhou o seu papel causando aproximadamente mais de 16 milhões de mortes globalmente entre 2020 e 2021 (dados divulgados pela OPAS-OMS link no final). Por isso as autoridades tem olhado para as tendências de longo prazo com preocupação 

O colapso demográfico global literalmente vem se tornando uma aposta existencial para o nosso futuro.


Crédito: Domínio Público / Wikimedia/Commons

Países como a Grécia, p.exemplo registrou apenas um nascimento para cada duas mortes em 2022, tratando-se de um saldo negativo que vem aumentando há meio século.


Ocorre também colapso demográfico na China, Estados Unidos, Europa e Japão, inimaginável 10 anos atrás. 


Os economistas estão alarmados com a rapidez desse novo cenário econômico. Veja os dados globais das taxas de natalidade: 


Já no Brasil como está esse colapso? Veja

Em 2021, 2,7 milhões de registros de nascimentos foram efetuados em cartórios no Brasil.


Já o número de óbitos cresceu 18,0% em 2021, totalizando aproximadamente 1,8 milhão e atingindo novo recorde na série, foi a maior variação percentual ante o ano anterior, desde 1974


Isso é resultado de um declínio nos nascimentos que começou nos anos 80, agora é um problema em quase todas as sociedades desenvolvidas


Em 12 anos - 2020 até 2022 - população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões, a tendência é de reduzir ainda mais esse crescimento com a taxa de natalidade no patamar de 1,65% considerando ainda a intensidade dos nascimentos por gênero permanecendo quase igual entre homens e mulheres

Isso está definitivamente conectado ao modo de vida moderno e vai influenciar todas as políticas sociais e econômicas do Planeta 

Afinal é fato corrente que a demografia traça o destino de uma nação, por isso é importante todos os setores avaliarem essas variáveis 


👉🏻 Tudo bem, até aqui é fácil entender, mas o que isso tem a ver com a democracia e as eleições? 


Veja bem, o berço da Democracia, a Grécia agora em outubro, 2023 bateu recordes, antes impensáveis com abstenções de seus eleitores nas eleições para prefeitos


Nas suas duas maiores cidades Atenas e Tessalônica o verdadeiro vencedor das eleições para os governos locais foi a “abstenção já que 48% dos eleitores registrados se abstiveram da cédula.”, divulga o site greekreporter.com (link no final) 


O Brasil também enfrenta esse problema nos recentes pleitos eleitorais. 


Em 2022 as abstenções totalizaram +32 milhões de eleitores representando mais de 20% do eleitorado  Foi a maior porcentagem desde 1998.

Quer saber quais foram os principais estados que bateram esse recorde de abstenções? 

Exatamente nessa ordem: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. 

Juntos, os cinco maiores colégios eleitorais do Brasil responderam por 18 milhões de eleitores ausentes, quase metade de toda a abstenção no Brasil.

 

É nessa exata ordem que os partidos políticos devem considerar o tema na elaboração de estratégias de ação nos próximos pleitos eleitorais 


Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) demonstram que do número total as eleitoras representam 52,65% do eleitorado, enquanto o de homens equivale a 47,33%., é a prova da “paridade demográfica” do Brasil 


Voltando as eleições gregas de outubro, lá “especificamente, a abstenção atingiu 47,50 por cento nas eleições municipais, enquanto nas eleições regionais atingiu 47,47”, indica o artigo citado


Qual o motivo da “relutância dos eleitores gregos em ir às urnas”? Aqui reside o problema que abre um parêntese expressivo, “essa imensa abstinência demonstra o descontentamento dos cidadãos.


Fato ocorrendo lá, e caminha a passos largos para ser copiado nas eleições brasileiras, diante do gradativo aumento da abstenção a cada processo eleitoral


O mais importante: os eleitores gregos justificam a abstinência de votar por “acreditar que o governo local (municipal) não pode e não quer trabalhar efetivamente para os cidadãos, pois na maioria dos casos, simplesmente funciona como um “porta-voz” do respectivo governo” 


Isso facilmente pode ser emoldurado para a realidade brasileira


As eleições de 2024 ocorrerão em 05 de outubro de 2024 os dados quantitativos são esses (do portal do TSE): 



Os principais problemas urbanos dos 5.570 municípios brasileiros entra eleição, sai eleição ainda são os mesmos: 


👉🏻 a segregação socioespacial, 

👉🏻 as habitações inadequadas, 

👉🏻 a expansão urbana sem planejamento (que dificulta o ir e vir das pessoas), 

👉🏻 a poluição, 

👉🏻as enchentes e inundações etc.”


Caso as campanhas políticas continuem patinando nas mesmices das velhas e retrogradas “publicidade e promessas eleitorais” o resultado da abstenção promete tirar o sono de muitos candidatos e dos partidos políticos. 


Agora some a essa “insatisfação dos cidadãos”, a longo prazo o “colapso demográfico junto com esse desastre virá acompanhado por um brutal envelhecimento da população, com um aumento da taxa de dependência dos velhos sobre a renda dos pobres”.


É um problemão a ser enfrentado, afinal, convencer ou persuadir eleitorado mais velho exige uma integração muito além das antigas táticas do prometer, eu vou fazer, ou do ultrapassado chavão de ataque “eu vou fazer o que o outro não fez”. Veja que os problemas urbanos são os mesmos até hoje! Normalmente os velhos não tem vícios da internet, e muitos sequer tem perfis em redes sociais 


O resultado das urnas nas últimas eleições em 2022 provaram essa mudança 


É hora de fazer o “voto confiar no eleitor,” ou será ao contrário? Para os brasileiros o tempo vai provar, para a Grécia o berço da Democracia já provou! 











Imagens retiradas e disponíveis no Google 

Sites e links de consulta e compilação de textos 


https://www.paho.org/pt/noticias/5-5-2022-excesso-mortalidade-associado-pandemia-covid-19-foi-149-milhoes-em-2020-e-2021


https://greekreporter.com/2023/10/17/demographic-collapse-an-existential-threat-for-greece/


https://greekreporter.com/2023/10/15/athens-thessaloniki-change-mayors-abstention-elections/


https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36308-em-2021-numero-de-obitos-bate-recorde-de-2020-e-numero-de-nascimentos-e-o-menor-da-serie


https://thinkers-brasil.org/think-tanks-e-a-analise-demografica/



https://www.ihu.unisinos.br/categorias/610884-populacao-e-transicao-demografica-no-brasil-1800-2100


https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/r/seai/sig-eleicao-eleitorado/home


https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/r/seai/sig-eleicao/estatisticas-eleicao



https://www12.senado.leg.br/tv/programas/noticias-1/2022/10/eleicoes-2022-abstencoes-superam-31-milhoes-e-correspondem-a-20-dos-eleitores


Exatamente nessa ordem: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. 


Juntos, os cinco maiores colégios eleitorais do Brasil responderam por 18 milhões de eleitores ausentes, quase metade de toda a abstenção no Brasil.


https://exame.com/brasil/cidades-com-maior-abstencao-no-brasil-eleicoes/


https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37237-de-2010-a-2022-populacao-brasileira-cresce-6-5-e-chega-a-203-


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Existe vida após a morte? A banalidade da vida cotidiana nos empurra a resposta: Sim? Não?

As novas regras da LDO e os vetos do governo Lula até ao atual cenário político do Brasil. Como tudo isso afeta seu bolso?

Pobres não são nobres! Será que não? A luta de classes no atual Congresso Nacional