O mundo se afoga em lixo e tem empresas lucrando US$ 730 milhões por ano! O Brasil como está nesse ranking?


Imagine-se nessa cena: confortavelmente no sofá da sua casa vendo tv, chegou a fome e decide pedir um fast food ao clique do app. A opção eleita: pizza e refrigerante, pedido feito e alguns minutos após a companhia toca. Comida está na na sua porta

Saborosa, logo só restam farelos e embalagens: papelão, papel e plástico, as vezes alumínio 

Prontos para o descarte. 

Jogue tudo na lixeira bata as mãos. Missão cumprida! 


Agora olhe a sua volta observe tudo que existe na sua casa: móveis, decoração, eletrônicos, eletrodomésticos, comidas tudo chegou ali em uma embalagem - plástico, papelão, isopor, vidros, madeira, papel - não foi nas “costas de alguém ou na de um animal” 


Agora avalie essa cena ocorrer no mínimo 4 bilhões de vezes no mundo todo. Isso em apenas um só dia! Assustador não é? 


Veja: 

De acordo com um novo relatório do Banco Mundial, em 2016, o mundo gerou 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos - lixo domésticos e comercial


Isso equivale a 740 gramas (1lb 6oz) por dia para cada homem, mulher e criança na Terra.


Esse número não inclui a quantidade muito maior produzida pela indústria. 


A mesma indústria que produz e fabrica aquelas embalagens, plásticos, vidros, metais, papel, isopor e por ai


À medida que as pessoas ficam mais ricas, elas consomem—e descartam—mais. 


As economias ricas compõem 16% da população mundial, mas produzem 34% de seu lixo. 


O mundo em desenvolvimento - aqui inclui o Brasil - está alcançando esse nível mais rápido do que pensamos 

O total global anual se aproximará de 3,4 bilhões de toneladas.

Depois há o problema maior ainda: 30 bilhões de toneladas de dióxido de carbono invisível, mas perigoso, despejadas na atmosfera todos os anos.


Veja essa cena: 



Maravilha a tecnologia ajuda a produzir mais alimentos para mais pessoas. Certo? Correto! 


Fique alerta, ainda que indivíduo esteja usando proteção total o que ele está fazendo? Aspergindo fertilizantes! 


Pode não atingi-lo naquele momento, mas boa parte fica no ar, no solo, enfim as chuvas vão dispersar o produto químico

Vivemos numa bola 🌎 tudo fica nela 


O antigo “Pegue, faça, descarte” agora deve mudar para “reduzir, reutilizar, reciclar”.


Para ter uma ideia 

✔️ o crescimento econômico, 

✔️ o aumento dos padrões de vida e 

✔️ o aumento do consumo superaram a capacidade de uma cidade como Taiwan de limpar seus resíduos, ganhando na década de 90 o apelido pouco lisonjeiro de “ilha de lixo”.


Isso não é nada comparada agora com o lixo produzido pelas economias emergentes 


Acontece que o lixo sólido industrial contém materiais mais valiosos, como sucata, e há muito tempo é melhor gerenciado por empresas que buscam lucro. 


Veja esses dois. 




Você os conhece? Não! 

Mas o que eles tem em comum? Fundaram empresas e ficaram milionários com o lixo. Reciclando sucatas!

O primeiro é ucraniano Tom Szaky, 41 anos, criou Terracycle, em New Jersey EUA, que desenvolve tecnologias para usar materiais difíceis de reciclar.  É o líder global na área sua empresa gerou receita US$ 70 milhões em 2023 


O outro é Arthur Huang, 45 anos engenheiro estrutural e arquiteto taiwanês, fundou a Miniwiz, empresa de operação internacional com sede em Taiwan, Cingapura, Pequim e Milão, dedicada ao reciclagem de lixo do consumidor e resíduos industriais.


A urgência do problema é global. Em julho, 2022 a Suprema Corte da Índia alertou que Delhi, a capital do país, está enterrada sob “montanhas cheias de lixo”. 


Quando lixões ou aterros pegam fogo, como ocorreu com mais de 70 na Polônia durante o verão sufocante, a poluição nociva sufoca seus arredores. 

O escoamento tóxico pode permear solos e envenenar vias navegáveis. 

Alguns rios na Indonésia estão tão cobertos de lixo que escondem completamente a água abaixo


Adotada pela Primeira Conferência Internacional sobre Gestão de Produtos Químicos (ICCM1) 2006 em Dubai, a Abordagem Estratégica para a Gestão Internacional de Produtos Químicos (SAICM) é uma estrutura política para promover a segurança química em todo o mundo.


Os resíduos globais podem não apresentar um desafio tão apocalíptico quanto as mudanças climáticas, mas podem ser mais fáceis de resolver


Precisamos encontrar um equilíbrio entre o que absolutamente precisamos e o que absolutamente nos prejudicará e aqui “nós” inclui o meio ambiente, bem como as gerações futuras, porque afinal, não há pessoas saudáveis em um planeta doente. 


É preciso uma ação forte e urgente para acabar com a poluição química e de resíduos


O problema não é o consumo, antes é reaprender a reutilizar tudo que é produzido! 


No início da Revolução Industrial famílias com numerosos filhos viviam no campo 


Ali produziam seus alimentos, suas roupas e utilizavam métodos próprios para descartarem seus resíduos 


Migraram do campo para aglomerações urbanas 

Aqui se acomodaram no conforto da vida moderna, constituindo novas famílias 


Moradias, roupas, carros, comida, eletrônica, eletrodomésticos tudo a um clique de um aplicativo ou dígitos de senha bancária. Tudo isso termina em “lixo e resíduos” 


Se permitirmos fabricar… temos de exigir do mesmo fabricante o destino (incinerar) do que produz, pois de outra forma estamos favorecendo a ganância de uns em detrimento do Planeta que é de todos. 


Assim só aqueles que vão garantir o destino do que produzem poderiam fabricar e vender o que termina em lixo diário 


A responsabilidade do lixo está em quem produz não é de quem consome, quando o descarte é responsável. Avaliemos isso! 


Saiba que os taiwaneses se orgulham de que 16 das 32 equipes que competem na Copa do Mundo de futebol em 2018 na Rússia usavam camisas feitas em Taiwan a partir de fibras derivadas de plástico reciclado


Quanto ao governo de Taiwan? Soube reagir, veja: 

👉🏻 se comprometeu a erguer 24 usinas de incineração para queimar os resíduos, a um custo de US$ 2,9 bilhões. 

👉🏻 Também incentivou a população a produzir menos lixo em primeiro lugar, criou um esquema de "responsabilidade estendida do produtor" (EPR), os fabricantes e marcas começaram a contribuir para o custo do descarte de seus produtos: 

✔️ seja pagando uma taxa em um fundo destinado à gestão de resíduos ou, 

✔️ às vezes, gerenciando os próprios resíduos. 

✔️ Quanto menos reciclável o produto, mais caro para a empresa. O esquema continua até hoje. 

✔️ As famílias são cobradas pela quantidade de resíduos mistos gerais que produzem, mas não por papel, vidro, alumínio ou outros recicláveis. 

✔️ Aqueles pegos despejando seu lixo ilegalmente enfrentam multas pesadas e vergonha pública. 


👉🏻 Deu certo: um típico taiwanês agora joga fora 850 gramas por dia, abaixo dos 1,15 kg há 20 anos.


Já o Brasil confira: 



No fim de tudo: 

Se o mundo hoje se afoga no lixo, não é por causa do consumo de 8 bilhões de humanos 


É sim pela nossa irresponsabilidade em resolver bem antes, com boas ideias para nos ajudar a emergir do lixo que nós mesmos criamos e nos subjuga hoje! 


Descarte “seu luxo, seu lixo” sem culpa? Isso já é você que decide! 








Imagens e vídeos disponíveis e retirados do Google 
Sites e links de pesquisa, adaptação e compilação de textos: 


Stop food  loss Waste

Every Plate counts 

http://linkedin.com/in/anderseninger


https://twitter.com/ChemandWaste


https://www.saicm.org/About/Overview/tabid/5522/language/en-US/Default.aspx



https://www.miniwiz.com/about.php


https://instagram.com/miniwiz.official


     

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