O mercado de produção de energia, avaliado em 11 trilhões de dólares lança o “Santo Graal”

Com apelido carinhoso de “tijolão” o primeiro celular do mundo demorava 10h para atingir os 100%. 

Depois de tanta espera, o Motorola Dynatac 8000X podia ser usado por apenas 30 minutinhos, e pesava 4 iPhones 14 Plus


Em 2023, essa relíquia completou 50 anos. 


O protótipo original do aparelho pode ser visto de pertinho, na exposição "Celular 50" - Da primeira ligação à próxima geração" que ocorre no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro até 20 de agosto, 2023 


Agora avalie essa precária fase inicial se transformar num mercado de 11 trilhões de dólares? Impressionante, não é?

É essa a previsão para o mercado de dispositivos e sensores da IA até 2025


Poderemos comprar baterias extraordinariamente pequenas: um microwatt, em torno de 4 mm x 4 mm (0,15 x 0,15 pol) de largura e comprimento, além de muito, muito fina, do tamanho de uma unha, que poderão ser empilhadas mecanicamente em qualquer número.


Dr Morgan Boardman: CEO – Founder da Arkenlight


Imagine-se comprando para uso no controle remoto uma bateria que vai durar gerações, será usada pelos bisavôs e bisnetos sem precisar trocar. “Só não pode perder o controle atrás do sofá!”, zomba um dos inventores da bateria, Dr. Morgan Boardman, CEO de uma nova empresa chamada Arkenlight, criada para comercializar as tecnologias de bateria de diamante lançada pela equipe de cientistas da Universidade de Bristol, entre outras fontes de energia movidas por radioisótopos.


Imagine ainda uma etiqueta ou um selo de segurança em embalagens - com tecnologia RFID (Identificação por Rádio Frequência) - ou em contêiners de mercadorias, sem depender de nenhuma fonte de energia externa. 


Embalagens, contêiners e os seus conteúdos poderão ser deixados sob cuidados, monitorados e mantidos com muita segurança e por muito tempo. Isso é essencial para indústria nuclear


Lembrando de segurança de armazenamento de produtos nucleares, recente no Brasil, “as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão investigando o sumiço de duas ampolas com amostras de urânio enriquecido na unidade de Resende (RJ).”, divulga site do G1


A energia nuclear até agora tem uma má reputação, graças ao fato de que qualquer material nuclear que escape do confinamento pode permanecer perigosamente no ambiente por décadas ou mesmo séculos. 


No entanto, cientistas desafiaram essa longevidade aproveitando a liberação da energia lenta e consistentemente ao longo dos anos.


Criou-se as baterias nucleares chamadas de betavoltaica, estas fornecem energia de forma consistente por longos períodos de tempo é exatamente, por isso, são ótimas para aplicações em que é difícil trocar a bateria, como naves espaciais ou dispositivos implantáveis, como marca-passos. 


Nos últimos anos, investiu-se numa bateria nuclear à base de estrôncio que divide moléculas de água para produzir eletricidade e a bateria NanoTritium com uma vida útil de 20 anos. Uma inovadora tecnologia criada por cientistas russos 


Embalados, um novo design foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou (MIPT), do Instituto Tecnológico de Materiais de Carbono Superduro e Novo (TISNCM) e da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia MISIS, da Rússia 


protótipo da nova bateria nuclear Instituto Tecnológico para Materiais de Carbono Superduro e Novo, da Rússia 


A equipe de cientistas usando o isótopo radioativo níquel-63, que tem uma meia-vida de mais de 100 anos, projetou um novo layout que melhora a densidade de energia da bateria.


Dada a meia-vida de cem anos do níquel 63, essas fontes radioativas foram imprensadas entre diodos de diamante medindo 10 mícrons de espessura, e com 200 desses conversores de energia de diamante e alcançou uma saída de energia de cerca de 1 microWatt (μW) com potência de 10 μW por cm3. Isso poderia alimentar um marcapasso moderno.


A bateria nuclear possui cerca de 3.300 miliwatts-hora de potência por grama, o que a equipe diz ser 10 vezes mais do que as baterias eletroquímicas convencionais. Um feito inovador 


Não paramos por aí, paralelo às inovações dos russos, o grupo de cientistas da Arkenlight que consiste em 12 indivíduos, três empresários, três engenheiros e seis físicos, custeados com recursos da AEA (Autoridade de Energia Atômica) do Reino Unido querem colocar no mercado de produção de energia aquilo que eles chamam de “Santo Graal” 


Pretendem inovar a indústria eletrônica com uma fonte de energia capaz de alimentar pequenos dispositivos; ou seja, aqueles que exigem menos de um miliwatt de potência, com aplicações médicas, IA, de segurança, e usos militares 


A patente da Arkenlight consiste na colocação de radioisótopos em diamante para gerar corrente


Os pesquisadores da Arkenlight através da Universidade de Bristol, formaram uma empresa para comercializar tecnologia de bateria betavoltaica altamente eficiente à base de diamantes que transforma o lixo nuclear em uma fonte de energia autossustentável - uma que pode durar potencialmente milhares de anos sem precisar de uma carga.


É inovador só de pensarmos em usar tipos específicos de resíduos nucleares das usinas nucleares e seus elétrons de alta energia serem colhidos para produzir eletricidade. Impressionante não é?



Professor Tom Scott, certo, com membros da equipe Aspire - Scott trabalha na tecnologia de bateria de diamante nuclear há muitos anos Arkenlight



A equipe de Bristol desenvolveu um processo para converter esse carbono-14 em uma forma de diamante. Um diamante de carbono-14, ao que parece, pode basicamente gerar e coletar carga em um ponto:


Essas baterias, por enquanto, não vão nos dar um telefone eterno ou um carro elétrico sem carga, lembre-se; as quantidades de energia geradas são muito pequenas. 


Em vez disso, têm um potencial excepcional em uma variedade de dispositivos e sensores de baixa potência, ou dispositivos de maior potência que consomem energia muito raramente.”, arremata o artigo 


Bateria de diamante nuclear da Arkenlight, no estágio de protótipo de pré-produçãoArkenlight



É um embate saudável e proveitoso de uma tecnologia inovadora, essa corrida entre os cientistas russos e os britânicos. 


Enquanto pesquisadores russos embalam mais energia no protótipo da bateria nuclear, já a empresa do Reino Unido Arkenlight comercializará baterias betavoltaicas de diamante nuclear


Dr. Hugo Dominguez Andrade da Arkenlight no laboratório de materiais ativos trabalhando na betabateria de diamante C14



Quem vai subir o pódio? Nós, é claro seremos os maiores beneficiados dessa “guerra de inovações”



Quem desejar saber mais os links estão disponíveis 













Imagens disponíveis e retiradas do Google 


Sites e links de consulta e compilação de textos: 


https://www.arkenlight.co.uk/


https://g1.globo.com/google/amp/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2023/08/16/inb-investiga-sumico-de-ampolas-de-amostra-de-uranio-enriquecido-em-resende.ghtml


https://newatlas.com/energy/arkenlight-nuclear-diamond-batteries/


https://newatlas.com/nickel-nuclear-battery-design/54884/



https://smartxhub.com.br/gestao-de-embalagens-com-rfid/



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