Que tal experimentar as mesmas notáveis sensações de entusiasmo e emoção reunidas em visões de grandeza, magnificência e urgência?
Ou algo similar da realidade perceptual pela qual passaram os antigos visionários e profetas da humanidade?
Já pensou como esses profetas e visionários era estimulados? Por visões, sonhos proféticos, convicções próprias, ou ordens divinas que só eles ouviam e viam.
Tudo manifestava-se apenas de percepções sensoriais. Atualmente é algo difícil e quase impossível de entender ou acreditar com todos avanços científicos que temos.
No entanto uma coisa é certa: a ciência dá um crédito, nós humanos, somos dotados de 3 conteúdos psíquicos: consciente, inconsciente e subconsciente.
No sentido amplo são processos mentais objetos da psicologia cognitiva e da psicanálise divulgado por pesquisadores da magnitude de Freud, Jung, Carus, Paracelso, Espinoza, Coleridge, Jacques Van Rillaer, William James e muitos outros.
Ora se hoje temos todos esses cientistas, avaliem quantos existiam na antiguidade.
Numa Era em que a plebe ocupava-se somente do rude e das atividades físicas, enquanto o privilégio das ciências pertencia a uma reduzida trupe sempre envolvida em disputas de mais poder e recursos para desmistificarem um ao outro.
Voltemos aos tempos atuais: caso você sonhasse recebendo uma ordem visionária para ir até a China, ou aos EUA ou ainda a Rússia alerta-los que o poderio deles estaria ameaçado por uma guerra onde seriam derrotados, caso não mudassem seus métodos.
O que você faria? Sabemos que o medo se dá no consciente, já a ordem que você recebeu se deu no inconsciente, local onde se manifesta o ódio às ações maldosas humanas tipo Covid, poderio econômico, a guerra da Ucrânia. No entanto responda rápido: o que você faria? Agiria ou menosprezaria como mera bobagem de sonhos?
A versão do Jonas bíblico foi exatamente assim: Jonas recebeu ordens de alertar os poderosos assírios da destruição certa numa guerra e também da sua bela capital Ninive caso não mudassem seu modo de viver. Avalie um reles plebeu como Jonas enfrentando o poderio assírio dizendo pra eles:- “vocês serão destruídos”?
É óbvio que um Jonas aterrorizado, e temendo pela vida tentou fugir. Forçado a voltar, cumpriu sua missão com êxito. A Assíria arrependida foi poupada
Voltemos aos tempos atuais: você veneraria o molde de um pé, uma pegada do tamanho de 2 metros fincado numa rocha? Riu-se? É louco isso não é?
Pois é, a pegada de Adão (Adam’s Peak) ou Sri Pada para os budistas, ou ainda Sivanoli Pathan para os hindus, é uma pegada fincada no cume do monte do mesmo nome com 2243 metros encontrado no Sri Lanka.
É um local sagrado e venerado por muçulmanos/cristãos, budistas e hindus
Já você acha que a Bíblia Sagrada não cita tal fato? Cita sim. Um século depois dá exitosa missão de Jonas, a Assíria voltou as práticas abomináveis novamente. Dessa vez a missão de alertar coube ao profeta Naum: -“Eis sobre os montes os pés de um mensageiro que anuncia:Paz” (Naum 1:15).
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Naum por Aleijadinho. Escultura em pedra-sabão, em Congonhas, Minas Gerais, |
Nessa ocasião os alertas não adiantaram, o Rio Tigre transbordou, rachando as fortes muralhas que cercavam a cidade, criando uma brecha suficiente para os babilônios invadirem e destruírem Ninive. A cidade foi “escondida” como predisse Naum (3:11) e suas ruínas só foram encontradas em 1842 d.C
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Santuário de Nabi Yunus, em Mossul, local sagrado dedicado ao profeta Jonas foi reduzido a escombros pelo Estado Islâmico |
O profeta Isaías contemporâneo de Naum também cita a “pegada da Paz”: - “que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas” (Isaías 52:7)
Exatamente nessa ordem - percepção cognitiva - as instruções e ensinamentos mais antigos que conhecemos passaram a utilizar versões de fábulas, de onde seguem os provérbios ou ditados. O líder dos cristãos Jesus Cristo lançou mão de muitas delas - as Escrituras Sagradas chamam de Parábolas (do grego parabole) - para ensinar seus seguidores.
Vamos lembrar que as influências sobre o pensamento com origem fora da consciência (expressas nas antigas ideias de tentação, inspiração divina e influência de deuses no comportamento humano) já eram citadas 2.500 a.C nos Vedas hindus. Tudo é bem antigo na história humana como podemos avaliar.
Vedas são quatro obras composta num idioma chamado sânscrito que eram transmitidos, inicialmente apenas de forma oral, ainda hoje existe em Kerala na India escolas védicas onde crianças aprendem de cor seu conteúdo. Essas escolas foram declaradas pela ONU Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Vedas formam a base das escrituras sagradas do hinduísmo, e são a mais antiga literatura de qualquer língua que conhecemos. E veja que foram os primeiros a falar em consciência e seus seguimentos.
Nada é tão simples como queremos acreditar.
Após a extinção das práticas proféticas, surgiram as fábulas na Grécia Antiga com Esopo, um escravo grego e da provável etnia Tracia-etíope. Todas as fábulas que conhecemos são inspiradas nas originais.
Fábulas foi a forma utilizada para criticar sem represálias, sem medo de punição um governo autoritário.
Suas histórias serviam como meio pelo qual os fracos e impotentes podiam falar dos fortes e poderosos com um grau de reflexão, Elas permitiam uma autorreflexão onde os fortes e poderosos, muitas vezes eram vencidos pela astúcia dos mais fracos.
Uma prática hoje em total desuso, afinal temos a web com suas redes sociais para expressarmos nossas angústias, temores, alegrias e revoltas. Com respeito público é claro - enquanto outros chamam de liberdade de expressão - mas veja que foi com a tecnologia que substituímos as nossas percepções cognitivas. Encaixotamos elas em um código-fonte.
Aristoteles cita Esopo em sua obra Retórica, Platão fala de Esopo no seu diálogo Fédon.
Porque tudo isso? Ora é simples: porque desde a Grécia Antiga - o berço da República - a sociedade era orientada em torno da ideia: “o poder faz o certo!”. (Será sempre assim?).
O resto é com a consciência “fabulosa” de cada um. Veja
“O corvo faminto conseguiu um pedaço de queijo, rápido voou até seu poleiro no alto de uma árvore.
A raposa mais faminta ainda vendo o sucesso do corvo em arranjar comida planejou um truque.
Chegou embaixo da árvore e disparou: - “Mas o que é isso? Que bela ave! As proporções elegantes do seu corpo são notáveis, você tem penugem digna de ser rei dos pássaros!
Se ao menos tivesse uma voz para combinar, então seria o primeiro entre as aves!'
O corvo empolgado com os elogios deu início a seu estridente canto e ao fazê-lo deixou cair a comida.
A raposa esfomeada pegou rapidamente o queijo e disse: 'Ó corvo, até que você tem voz, mas nenhum cérebro para ir com ela!',
(Moral da estória: Bajulações atreladas ao orgulho e a vaidade são sempre a dose certa para o astúcia vencer)
Imagens disponíveis e retiradas do Google
Sites e links de pesquisa e compilação
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