Você tem poder da invisibilidade e não sabe usar. Aprenda como


Você faz ideia da importância desse gestual? Numa rápida reflexão cito um dilema
crucial que nos deu o filósofo Platão no seu segundo livro de “A República”.

Platão criava mitos e com eles podemos absorver suas ideias. Um deles é o Anel de Giges. Vamos lá: 

Imagine-se possuir um anel que te desse poder da invisibilidade. Invisível poderia fazer o que bem desejasse com segurança, sem levar culpa ou punição pelos atos. 

Afinal você agiria com segurança já que ninguém estaria te vendo. Avaliou?

Poderia furtar, matar, possuir ou ter o que bem desejasse sem levar a culpar por nenhum desses feitos. Ou também praticar atos justos

O que te limitaria?  

Se obtivesse esse poder, mas não praticasse atos ilegais ou injustos, o que os demais pensariam?
Que és um tolo? Ou ainda um idiota miserável que tem poder e não usa? 

Ora, até mesmo quem pensasse assim, também teria medo de ser uma vítima do possuidor do poder do anel. 

Entendeu a extensão das nossas escolhas individuais? 

Daí a questão é: 
✔️ Qual é o limite entre o poder de agir e o de não agir? 
✔️ O agir somente com segurança? 
✔️ Ou o agir com justiça ou injustiça

Diante dessa cruz sabemos que as nossas decisões são baseadas em uma necessidade, veja:

👉🏻 Caso sejam injustas não agimos pelo medo de punição ou das consequências negativas 

👉🏻 Se justas também não agimos por entender ser para o nosso bem, individualmente 

A conclusão é simples, agimos por uma necessidade - se justa ou injusta - esse dilema é bem maior, vai além da nossa esfera pessoal. 

Agimos por uma escolha moral: pela elevação ou degradação moral, se justo ou injusto, é sempre para o coletivo não é para nós mesmos 

Exatamente aqui Cícero lembrou (De Officiis) que uma pessoa boa ou sábia baseia suas decisões no medo da degradação moral e não no medo da punição ou das consequências negativas. 


Aqui, nesse ponto chegamos lá, Platão cria o conceito de anima mundi um princípio do cosmos e regente de todas as almas individuais
Anima mundi é a força regente do universo pela qual o pensamento divino pode se manifestar em leis que afetam a matéria (o termo foi utilizado pela 1ª vez em A República

Os afoitos vão interromper para dizer:-“ tá, mas o que isso tem a ver com o gestual do início do texto?”. Paciência, vou juntar as partes no todo 

Quase 4 bilhões de pessoas (54%} no Planeta são adeptas da religião abraâmica, monoteísta, três religiões e um só Deus.

O restante 30% são de outras religiões e 16%  não tem religião 


A três principais religiões abraâmicas tem semelhança, concebem Deus como a figura de um Criador transcendente e a fonte da lei moral, e suas narrativas sagradas partilham muito dos mesmos valores, história e lugares, muito embora todas tenham diferenças internas com base em doutrinas e prática 

Ainda assim algumas delas entram em conflitos dolorosos uma com a outra resultando em guerras e muitos mortos

Ora, se nós - 54% da população global -  invocamos um Deus único, confiamos ser seus filhos, e pedimos a intercessão como fonte moral das nossas escolhas, já avaliou a força e a regência global disso? 

Mais de 4 bilhões de vidas humanas invocam um Deus Único, o Pai, como Filho que se fez humano como nós (o verbo se fez carne e habitou entre nós) e todos estão em busca da graça do Espírito Santo (pensamento divino) 

Lembre-se, não existem três Deus, já que o mais profundo é Deus, enquanto aqueles como cristãos confiam no Único Filho que se fez humano entre nós. 

Já as outras religiões abraâmicas tem seus próprios representantes humanos, no entanto, quase 4 bilhões de vidas, globalmente apelam aos três princípios: Pai, Filho e Espírito Santo


Desde o início da história da humanidade a razão humana vêm tentando entender esse mistério que é a . Teólogos, filósofos, cientistas se aprofundam nesse entendimento tríduo, mas somente Santo Agostinho foi o mais simplista partindo de uma premissa física: -“Venha a fé, por suplemento, os sentidos completar”. 

Assim, são as nossas escolhas (princípio moral) que explicam a fé, não são os resultados que os nossos sentidos podem sentir 

Em consequência se temos um Pai, Único que é Deus, devemos nos tratar a todos como irmãos (filhos do mesmo Deus) buscando uma unidade global coletiva, o espírito cosmológico universal: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém!” 


Confiou na força e no poder desse anel cosmológico? 









Imagens disponíveis e retiradas do Google 
Sites e links de pesquisa e compilação de textos 
  • https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Religiões_abraâmicas
  • Brown, Edward Granville (1911). «Bábíism». In: Chisholm, Hugn. Encyclopædia Britannica3 11 ed. [S.l.]: Cambridge University Press





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