Dinheiro permite comprar só 300g de um produto, qual a razão de não comprar? É hora de repensar velhos hábitos de consumo
Nós, humanos, diferente dos demais animais que usam alimentos para sobreviver, temos um fascínio interminável por comidas
A prova disso é o sucesso estrondoso que qualquer canal - focando esse tema e veiculado em redes sociais ou na mídia televisiva - alcança com o público
Tal posição de destaque não é novidade para ninguém, no entanto uma pequena conjuntura nesse cenário precisa urgente alcançar um patamar inovador.
Qual? Apressem-se os ansiosos
Trata-se de um antigo hábito de consumo, chumbado pelo comércio e a indústria de alimentos: o de vender produtos alimentícios engessados nas básicas unidades de medidas
👉🏻 de massa (quilograma ou meio);
👉🏻 e de volume (litro ou meio);
Por que é importante superar esses ultrapassados hábitos?
Em tempos de inflação global elevada dos preços e custos dos alimentos é de crucial importância repensar nossos hábitos de consumo
Destaque para um estudo divulgado agora em março pelo IPEA, sobre análise e projeção da inflação para 2023, no seguimento de alimentos:
“projeção atual para a inflação deste segmento para o ano corrente é de 8,2%, ante a taxa projetada de 5,6%, em dezembro de 2022
Em contrapartida, o desempenho mais favorável dos alimentos no primeiro bimestre e a melhora das expectativas para a safra brasileira, em 2023, fizeram com que a inflação de alimentos esperada para o ano recuasse de 5,2% para 4,5%” (link no final)
Veja que a estimativa inflacionária é de 8,2%, isso reflete em especial nos custos dos alimentos, uma necessidade física-básica para sobrevivência de qualquer ser vivo. É alarmante não é?
Como o assalariado vai manter seu padrão alimentar arcando com mais de 8% de custos inflacionários nos alimentos?
Quando o salário base de qualquer categoria é corrigido só anualmente?
Reduzindo o estresse de tais preocupações, voltemos aos idos de quando não existiam os conglomerados do comércio varejistas de alimentos. Onde nossos avós comprovam os alimentos?
Nas quitandas ou nas vendas instaladas nas ruas de suas residências.
Nelas os alimentos e líquidos, acondicionados em sacos ou galões de grande volumes eram pesados e medidos a vista do consumidor.
Estes podiam comprar as gramas e os mililitros que seu dinheiro permitisse. Importante era não faltar
Voltemos agora aos tempos de grandes redes varejistas, os atacadões e supermercados.
Por que temos que comprar no mínimo somente 1kg ou 1l de qualquer alimento básico? Até o simples sal que leva meses para ser consumido é assim!
Ora, em tempos de carestia é momento de repensar, refletir valores de consumo e hábitos
É forçoso rever nossas atitudes em relação a compra de um produto ou serviço
Nosso orçamento pessoal poderá ser melhor explorado a medida que temos controle sobre a quantidade daquilo que queremos comprar
Ou seja se o dinheiro só dá pra comprar meio quilo ou gramas daquilo que preciso, porque sou obrigado a abrir mão de outro produto só para pagar quantidade maior de outro alimento?
Tal hábito de consumo tabelado pelo habitual procedimento do comércio merece ser atualizado e adequado a nova realidade de baixos salários e ritmo inflacionário
Custa-me observar essa situação nas prateleiras dos mercados e logo vem à mente o velho ditado: “macacos começam a agir como porcos, tão logo colocados no chiqueiro”
Não somos macacos, nem porcos. Ou somos? Óbvio que não.
Por isso é hora de mudar e inovar velhos hábitos já ultrapassados
“O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou o ano com alta de 5,8%, sendo o grupo alimentação e bebidas responsável por quase metade este resultado.
Sua elevada contribuição para a inflação, que também foi observada em anos anteriores, reflete a volatilidade e o grau de importância do grupo na cesta de consumo da população do país”
Imagens disponíveis no Google
Links compilados
http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2023/03/analise-e-projecoes-de-inflacao-8/
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