Acordo de 39 bilhões dos Precatórios e o aumento do IOF. O que há por trás desse palco improvisado?
Depois de ter ameaçado o "calote", alegando não ter dinheiro em caixa, para pagar 89 bilhões de precatórios incluidos no Orçamento 2022, nessa terça-feira (21/09) o governo fechou acordo - com os Presidentes da Câmara e do Senado - para pagar 39 bilhões em 2022 e o restante seria negociado entre os credores e o governo federal
Precatórios para quem não sabe são dívidas impostas à União por decisões judiciais.
Jogando o saldo restante - 50 bilhões - para 2023, afirmam os acordantes - Senador Rodrigo Pacheco, Deputado Artur Lira e o Ministro Paulo Guedes - não se tratar de "calote" mas sim, de prorrogação. Isso é só uma questão de semântica para os muitos sinônimos da palavra "calote"
Enquanto isso, nessa segunda feira (20/09) passaram a valer as novas aliquotas do IOF, considerada uma medida polêmica, já que é um aumento da carga tributária
"Não vamos aumentar carga tributária de quem produz" , disse o secretário de Economia Carlos da Costa em julho de 2021
Pelo visto, enquanto eles se acertam, dane-se o consumidor, onere-se mais o contribuinte, aumente-se a carga tributária do assalariado
A medida do aumento diário da alíquota do IOF é vista, pelos economistas, como "improvisação"
Nesse "teatro de improvisações economicas" que "brincam com a estabilidade econômica do Brasil", quem mais sofre as consequências são os consumidores assalariados
Como será o aumento?
✔ Nas operações para pessoas físicas a alíquota diária que era de 3% ao ano passa a ser de 4,11% ao ano;
✔ Para as pessoas jurídicas a alíquota diária de 1,50% ao ano passa a ser de 2,04%;
A cobrança do IOF no dia a dia incluem:
➡ Compras com cartão de crédito fora do país (on line ou presencialmente);
➡ Atrasar o pagamento da fatura do cartão de crédito (o valor entra no rotativo);
➡ Comprar ou vender moeda estrangeira (cambio);
➡Fazer um empréstimo ou um financiamento;
➡ Usar cheque especial ou crédito rotativo;
➡ Resgatar um investimento
➡ Fazer um seguro
Avalie o impacto desse aumento no consumo, que já "andava enfraquecido", a retroação no mercado consumidor será avassaladora
O interessante desse cenário é que o Presidente da Câmara Artur Lira afirmou que a decisão sobre o aumento do IOF foi tomada sem "discussão com o Congresso"
O aumento passou a valer na segunda-feira (20/09) e no dia seguinte (21/09) o Congresso fecha acordo com os precatórios. "E o salário ó!", plagiando o saudoso e hilario "professor Raimundo" do programa televisivo
O governo dizia não ter dinheiro para pagar os 89bilhões de precatórios, e iria tentar, via PEC no Congresso, uma prorrogação. No entanto, a prorrogação foi taxada de calote, o governo desistiu e fecha esse acordo na terça feira (21/09)
Um dia antes, as novas alíquotas do aumento da carga tributária passaram a vigorar
Há algo de novo no ar, e não é o amor, é aumento mesmo!
O Ministério da Economia justifica que o aumento da carga tributaria é para custear o novo programa que substitui o Bolsa Família do governo Jair Bolsonaro, o Auxílio Brasil
A dúvida é certa: como se tirar mais de quem já não tem nada? É o consumidor que irá financiar o Bolsa Família ou novo Auxílio Brasil ? E os 39 bilhões do acordo dos precatórios saíram de onde?
Tudo parece confirmar que a técnica da improvisação, irá descambar em um palco amontoado de incertezas, enquanto ela atinge só o nosso bolso
Créditos das imagens Google
Sites consultados e compilação de textos:
Agencia Senado
https://www.istoedinheiro.com.br/mudancas-no-iof-passam-a-valer-hoje-veja-como-isso-atinge-o-seu-bolso/
https://www.cnnbrasil.com.br/business/nao-vamos-aumentar-carga-tributaria-de-quem-produz-diz-secretario-da-economia/?amp
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