O Pequeno Príncipe, a fábula que todo adulto tem o dever de compreender


O Pequeno Príncipe se tornou a obra de maior sucesso de Saint Exupéry vendendo cerca de 140 milhões de cópias no mundo todo o que o torna um dos livros mais vendidos e mais traduzido já publicados. Foi traduzido para 301 idiomas e dialetos.

Publicado pela primeira vez em inglês e francês nos EUA em abril de 1943 e somente na França, após sua libertação do regime nazista já que o livro foi proibido pelo regime de Vichy.

A França sob o domínio nazista com sua República dissolvida, o marechal Philippe Pétain recebeu poderes essencialmente ditatoriais da Assembléia Nacional. 

"Em Vichy, Pétain estabeleceu um governo autoritário que reverteu muitas políticas liberais e iniciou uma supervisão rígida da economia.

A mídia foi rigidamente controlada e promoveu o anti-semitismo e, depois de junho de 1941 , o antibolchevismo". 

Saint Exupéry morava nos EUA quando publicou o livro, deve ter sido esse o motivo da sua proibição no regime de Vichy

Mas ainda assim, o autor do livro, tem o status de herói na França. Saint Exupéry nasceu em Lyon, numa aristocrática família católica e cuja linhagem remonta a séculos.

Foi um piloto comercial de muito sucesso, trabalhando em rotas de correio aéreo na Europa, África e América do Sul.

Em 1929, foi nomeado diretor da companhia aérea Aeroposta Argentina, morando em Buenos Aires no Edificio Galeria Güemes. Lá, implantou novas rotas aéreas na América do Sul, negociou acordos, bem como trabalhou em missões de buscas de pilotos abatidos.



Antes da Segunda Guerra iniciar ele ingressou na Força Aérea Francesa voando em missões de reconhecimento até o armistício da França com a Alemanha em 1940. Daí, já com a saúde debilitada e passado da idade máxima para esse tipo de piloto, se desmobilizou da Força Francesa e mudou para o EUA. Lá publicou seu livro O Pequeno Príncipe 

Sua "Fundação Antoine de Saint-Exupéry” estima que 80 milhões de cópias adicionais da história em formatos de áudio e vídeo foram vendidas em todo o mundo"

Seu livro é uma fábula de "várias camadas" estilizada como história infantil com elementos de ironia e paradoxo direcionados aos adultos 

OrsonWelles comprou os direitos da história para fazer um filme mas não foi capaz de convencer #WaltDisney a transformar em filme porque Disney achou que o lançamento para a telona "ofuscaria" suas adaptações de outras histórias. Eu chamo isso de ego elevado e inveja 


O livro começa com uma discussão sobre os adultos e a sua incapacidade de perceber "coisas importantes".  

Como teste para determinar se um adulto é tão "iluminado" quanto uma criança, ele lhes mostra uma imagem de uma "cobra que comeu um elefante" e os adultos sempre opinam errado. E por isso, o pequenino aprende que só deve falar de coisas "razoáveis" com os adultos

O avião do narrador cai no deserto Saara, longe de civilização, onde é saudado por um menino de cabelos dourados, com uma risada adorável  que se identifica como sendo o Pequeno Principe e vai repetir perguntas até que lhe sejam respondidas

Ele começa descrevendo seu minúsculo planeta, na verdade um asteroide conhecido como B6 12. 

O Príncipe se descreve limpando e capinando o solo do seu planeta deixando-o livre das sementes de "baobás" que se cresceram muito terão "efeito catastrófico" no seu planeta.

Ele quer que uma "ovelha" coma as plantas indesejáveis, mas tem receio que ela se "machuque com os espinhos"

O Príncipe fala do seu amor por uma "rosa vaidosa e boba" e que faz de tudo para "chamar a sua atenção" e para que ele cuide dela. 

O Príncipe percebeu que a rosa, usando da sua paixão por ela, estava se aproveitando dele e resolveu deixar seu Planeta para explorar o resto do Universo

Na despedida a rosa séria, lhe pede desculpas por não ter lhe demonstrado o quanto o amava e que os dois, eram bobos 


O principe recusando o desejo de deixá-la no "globo de vidro" pois isso a "protegeria",  lamenta não ter entendido "como amar a sua rosa", enquanto estava com ela e deveria ter "ouvido seus atos gentis" em vez de suas "palavras vãs". Por isso chora até uma raposa aparecer 

A raposa lhe ensinou como domestica-la 
Por que só assim, ela explica “algo deixa de ser comum como todos os outros, para ser especial e único”. Mas isso tem seu lado ruim, pois essa conexão gera muita tristeza e saudade, quando separados.


Com a raposa o Príncipe aprende que sua rosa era objeto do seu amor e do seu tempo por isso era única e especial

Na sua triste partida a raposa lhe conta um segredo, "coisas importantes só podem ser vistas com o coração, e não com os olhos"

Emocionado o Príncipe se despede do narrador e lhe conta que se parecer que ele morreu é porque seu corpo é pesado demais para levá-lo consigo para seu planeta e pede ao narrador não lhe ver “partir” porque isso o "incomodaria", no entanto o narrador se recusa a sair de perto dele.


O Príncipe então lhe diz que para vê-lo, basta olhar para estrelas e pensar no seu adorável sorriso, assim vai parecer que todas as estrelas também estão rindo. 

O Príncipe se afasta e deixa que a cobra lhe morda e, silenciosamente, cai no chão

Cabe ao leitor decidir se o Príncipe morreu 
ou voltou para casa

Saint Exupéry morreu numa missão de reconhecimento da Córsega sobre o Mediterrâneo em julho de 1944







Imagens disponíveis no Google 

Fontes de pesquisas e textos compilados e adaptados

Os 100 livros do século de Le Monde

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Le_Monde%27s_100_Books_of_the_Century

O Pequeno Príncipe é o Assunto de uma Exposição Principal na Biblioteca Morgan , site FineBooksMagazine.com, 3 de dezembro de 2013. Retirado em 25 de março de 2014.

Ouvindo O Pequeno Príncipe, arquivado em2 de junho de 2013 na Wayback Machine , Paris: Fundação Antoine de Saint-Exupéry. Obtido do site TheLittlePrince.com em 6 de janeiro de 2013. 

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Antoine_de_Saint-Exupéry




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