Ele é o Presidente, mas eu sou um General, juntos somos a República do Brasil! O que há por trás desse contexto? Descubra
Quem lembra das aulas de História do Brasil, por certo recordará os fatos que levaram à sua independência de Portugal.
Embarque comigo nesse navio, segure firme o leme e vamos navegar na história
A familia real e o governo de Portugal fugiram para o Brasil após a invasão do país pelo Exército francês liderado por Napoleão Bonaparte diante da recusa do governo portugues de aderir ao Bloqueio Continental contra o Reino Unido.
Imagine a grandiosidade do cenário para a época: 18 navios de guerra portugueses e 13 britânicos escoltaram mais de 25 navios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de 15 mil portugueses. Caramba
Escolheram o Brasil porque na época era a colônia mais rica e desenvolvida do Reino de Portugal. A vinda do governo portugues e da familia real produziu profundas transformações econômicas, políticas e sociais no Brasil. Gostaram tanto da acolhida e da estadia aqui que o Príncipe Regente D.João, em dezembro de 1815, decidiu elevar a Colônia Brasil para a condição de Reino Unido de Portugal.
As tropas do poderoso exército napoleônico foram vencidas e a paz voltou a reinar por um breve momento em Portugal.
Breve porque logo eclodiu a Guerra Liberal e a familia real foi forçada a retornar para Portugal. D.João então nomeou seu filho D.Pedro de Alcântara de Bragança como Príncipe Regente do Reino Unido do Brasil, em 1821. Partiu, mas deixou seu filho aqui
Com um país tão rico assim, Portugal não aprovou a ideia da soberania de "Reino Unido" e começou a aprovar vários decretos para "reduzir esse reino", sendo dois deles decisivos:
✔ um tornou o Príncipe Regente apenas um "governador de armas da Provincia do Rio de Janeiro" tal título não era um cargo politico mas apenas uma patente do Comando Militar do Exército Português
✔ E o outro, mais decisivo foi o que exigiu seu retorno à Europa extinguindo tudo o que D.João havia criado aqui.
A lealdade de D.Pedro às cortes portuguesas transferiu-se para o Brasil e a sua resposta foi o famoso: "- Diga ao povo que vou ficar". Conhecido como o Dia do Fico
Portugal irritado com a rebeldia do Príncipe agora um mero governador de armas pediu ao poderoso general Avilez que levasse - praticamente pendurado pelas cuecas - o rebelde principezinho. O General Avilez junto com 2 mil homens do Exército português amotinou-se às portas do Morro do Castelo
O Brasil assistiu inerte a sua dissolução? Que nada!.
Logo 10 mil homens liderados pela então Guarda Real da Polícia cercaram o exército de Avilez obrigando-o a retonar para Portugal de mãos vazias. Que humilhação para o poderoso Reino português
Mas ainda assim os portugueses não desistiram. Eram leis e decretos editados aqui e anulados por lá já que não reconheciam a soberania do Brasil. Cansado e irritado com essa "briguinha de leis e decretos anulados" o Príncipe declarou o Brasil como Estado soberano independente em 7 de Setembro de 1822 no famoso Grito do Ipiranga. E logo após foi aclamado Imperador do Brasil.
Mas a história ainda não terminou aí:
Em 1825, Para evitar uma guerra continuada e de olho nas riquezas do Brasil a negociação resultou no reconhecimento português e britânico da soberania brasileira mediante o pagamento pelo Brasil de uma soma milionária a Portugal como "indenização" (esvaziou os cofres do pais) e benefícios comerciais do Brasil para a Grã-Bretanha.
Agora, após rever todos os fatos certifique-se:
✔ Quem defendeu o Brasil do Exército Português liderados pelo General Avilez?
✔ Quem formava a segurança do Príncipe garantindo-lhe as condições necessárias para se rebelar e proclamar o Brasil soberano?
A Guarda Real de Polícia e a sua Guarda de Honra de onde formou-se o Exército Brasileiro, a partir da contratação de mercenários, alistamento de civis e de algumas tropas coloniais portuguesas.
Foi esse exército que garantiu o Brasil em todas as suas provincias de se opor às forças portuguesas e mais tarde - após a Abdicação de D.Pedro como Imperador - o Exército garantiu o Brasil de se tornar a República como o conhecemos hoje
Mais de 200 anos se passaram e as atuais declarações do General Pujol do mesmo Exército Brasileiro, sobre a soberania e a independência brasileira confirmam: foram homens assim com essa coragem, astúcia e sabedoria que fizeram do Brasil o gigante que é hoje!
Os valores defendidos pelas Forças Armadas Brasileiras esculpidos nas declarações do General Pujol e do universo dos seus membros ao admitir que o Brasil jamais ficaria à mercê de um mandato eletivo de 4 anos, no cenário atual, liderado por um Presidente com a patente de Capitão e aclamado pelo voto popular de 58 milhões de brasileiros - e que fez um juramento solene, segurando a Constituição Brasileira - de respeitar todas as suas normas, valores e princípios JAMAIS irá desprezar todo o contexto da história que levou o Brasil a ser a República soberana que é hoje!
Nós, brasileiros, hoje vivemos numa República porque devemos isso à atuação das Forças Armadas do Brasil. Se NÃO fosse a bravura do Exército Brasileiro o nosso país, nos dias atuais seria apenas Colônia portuguesa. Sendo o Brasil um país tão rico qual interesse tinham na nossa soberania?
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