Quer saber o motivo da demissão de Sam Altman, CEO da OpenAI,?
Sam Altman, CEO da OpenAI, participa da Cúpula do CEO da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em São Francisco, Califórnia, EUA. 16 de novembro de 2023.
Carlos Barria | Reuters |
Quem é a OpenAÍ Inc. ? É uma instituição de caridade, uma organização sem fins lucrativos, criada para “garantir que a inteligência artificial geral segura seja desenvolvida e beneficie toda a humanidade”.
O site da empresa diz que a meta da organização sem fins lucrativos tem "precedência sobre qualquer obrigação de gerar lucro".
Mas a OpenAI Inc. tem uma a subsidiária Open AI Global, já está sim, visa lucros além de uma holding chamada OpenAI GP, que controlam a OpenAI Global.
Foi nessa empresa que a Microsoft investiu no início de 2023 montante de US$ 10 bilhões, considerado o maior investimento em IA do ano.
Daí em abril, a startup fechou uma venda de ações de US$ 300 milhões, passando para uma avaliação entre US$ 27 bilhões e US$ 29 bilhões, com investimentos de empresas como Sequoia Capital e Andreessen Horowitz.
Apesar do pontapé inicial no investimento significativo a Microsoft não tem assento no conselho na OpenAI.
“Apesar do investimento multibilionário da Microsoft a OpenAI continua sendo uma empresa totalmente independente governada pela OpenAI Nonprofit”, afirmou publicamente a OpenAI. Será? Vamos conferir isso direitinho!
A maneira mais fácil de pensar na estrutura do OpenAI é imaginar uma cachoeira.
O conselho de administração está no topo, enquanto a OpenAI Global, a empresa na qual a Microsoft investiu bilhões e da qual Sam Altman se tornou o rosto global, está na parte inferior, afinal visa o lucro!
Mas tem algumas coisas no meio. Vamos lá
O conselho de administração da OpenAI (a caridosa empresa) é o grupo responsável por expulsar a Altman, já a OpenAI Global a que visa o lucro não tem controle sobre esse conselho.
Daí a questão é: - por que ter uma empresa com fins lucrativos na parte inferior de uma estrutura corporativa se tudo vai ser administrado por uma sem fins lucrativos?
Segundo os criadores a ideia era de atrair funcionários e investidores como "capital de startup". Se objetivo final é garantir o uso seguro da IA, vão precisar atrair os melhores da área.
Isso é difícil quando as grandes empresas do mercado estão dispostas a pagar melhor. Exatamente por isso a OpenAI, precisa de incentivos, para isso a empresa estabeleceu uma abordagem de lucro.
Agora veja que somente a partir de julho, 2023 após a saída do fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, do diretor da Neuralink Shivon Zilis e do ex-congressista do Texas Will Hurd, do conselho da OpenAI (aquela sem fins lucrativos) passou a divulgar a lista dos membros.
Antes da demissão de Altman o Conselho incluía seis pessoas, veja:
👉🏻 o cofundador e presidente da OpenAI, Greg Brockman, que também era presidente do conselho;
👉🏻 Ilya Sutskever, cientista-chefe da OpenAI;
👉🏻 Adam D'Angelo;
👉🏻 Tasha McCauley;
👉🏻 Helen Toner;
👉🏻e o próprio Sam Altman.
Brockman o presidente passou cinco anos como CTO da Stripe antes de passar para ajudar a lançar o OpenAI. Desde novembro de 2018, ele é o cientista-chefe da empresa.
Sutskever é o co-fundar da DNNResearch -uma startup de IA focada em redes neurais - e vendeu ao Google, hoje é atual cientista-chefe.
Adam D'Angelo é o atual CEO do Quora, uma plataforma social para perguntas e respostas, e passou quase quatro anos no Facebook
Helen Toner é membro do conselho, mas não é funcionária da OpenAI, ela é do Centro de Governança da IA da Universidade de Oxford e diretora de estratégia do Centro de Segurança e Tecnologia Emergentes de Georgetown.
Até aqui tudo certo. Mas é preciso tirar a “pedra do sapato” da demissão do Sam Altman
Na corrida armamentista da IA, o ChatGPT - criado por Sam Altman - quebrou recordes como o aplicativo de consumo que mais cresce na história.
Meses após seu lançamento, tem cerca de 100 milhões de usuários ativos semanais, mais de 92% das empresas da Fortune 500 usam a plataforma, que abrangem setores como serviços financeiros, aplicações jurídicas e educação.
Com esses dados empolgantes no mês passado, a OpenAI estava supostamente em negociações para fechar um acordo que levaria a uma avaliação de US$ 80 bilhões. Que salto gigantesco, não?
Logo depois em 17, novembro 2023, o conselho da OpenAI, anunciou demissão do CEO Sam Altman a mente por trás do chatbot viral ChatGPT, que não possui nenhum patrimônio na empresa.
A desculpa da demissão? Trata-se de “um processo de revisão deliberativa” e que Altman “não foi consistentemente franco em suas comunicações com o conselho, dificultando sua capacidade de exercer suas responsabilidades”.
Logo em seguida o presidente do Conselho, Brockman também deixou o seu cargo na empresa em protesto contra a expulsão de Altman, dizendo publicamente: “Sam e eu estamos chocados e tristes com o que o conselho fez hoje”. Ah, tadinho. Que primitivo
Caramba! Desprezou a empresa sem fins lucrativos sua “galinha de ovos de ouro”? É óbvio que não. Veja
Alimentando muitos desses aplicativos é um chip de cerca de US$ 10.000 que se tornou uma das ferramentas mais críticas da indústria de inteligência artificial: a Nvidia A100.
O A100 tornou-se o “cavalo de batalha” para profissionais de inteligência artificial no momento
O A100 é ideal para o tipo de modelos de aprendizado de máquina que alimentam ferramentas como ChatGPT, Bing AI ou Difusão Estável. É capaz de realizar muitos cálculos simples simultaneamente, o que é importante para treinar e usar modelos de redes neurais.
Grandes empresas ou startups que trabalham em softwares como chatbots e geradores de imagens exigem centenas ou milhares de chips da Nvidia, e os compram por conta própria ou acesso seguro aos computadores de um provedor de nuvem.
Centenas de GPUs são necessárias para treinar modelos de inteligência artificial, como grandes modelos de linguagem, por isso os chips precisam ser poderosos o suficiente para triturar terabytes de dados rapidamente para reconhecer padrões.
Isso significa que as empresas de IA precisam de acesso a muitos A100s, com isso é a Nvidia que está se beneficiando do ciclo de hype (boom) da IA, não é quem criou os modelos de AÍ. Pegou o susto?
Veja que está alimentando esses aplicativos é um chip que custa cerca de US$ 10.000 que se tornou uma das ferramentas mais críticas da indústria de inteligência artificial: a Nvidia A100.
Com isso o negócio de chips de IA da Nvidia — relatado como data centers — subiu para mais de US$ 3,6 bilhões em vendas durante o trimestre de 2023, e vem mostrando crescimento contínuo.
As ações da Nvidia subiram 65% até agora em 2023, superando o S&P 500 e outras ações de semicondutores.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, não parou de falar sobre IA: “A atividade em torno da infraestrutura de IA que construímos e a atividade em torno da inferência usando Hopper e Ampere para influenciar grandes modelos de linguagem acabou de subir nos últimos 60 dias”,
Tem mais
O sistema, o DGX A100 da Nvidia, tem um preço sugerido de quase US$ 200.000, embora venha com os chips necessários.
Recente a Nvidia disse que venderia acesso à nuvem aos sistemas DGX diretamente, o que provavelmente reduzirá o custo de entrada para para consertadores e pesquisadores.
Veja, uma estimativa da New Street Research descobriu que o modelo ChatGPT baseado em OpenAI dentro da pesquisa do Bing pode exigir 8 GPUs para fornecer uma resposta a uma pergunta em menos de um segundo.
Se você quiser escalar isso na escala do Google, que atende 8 ou 9 bilhões de consultas todos os dias, você realmente precisa gastar US$ 80 bilhões em DGXs.” disse Antoine Chkaiban, analista de tecnologia da New Street Research. Os números são enormes!
Se você pensa que fica por aí essa corrida armamentista errou!
A Nvidia não é a única empresa que fabrica GPUs para uso em inteligência artificial a AMD e a Intel têm processadores gráficos concorrentes e grandes empresas de nuvem como o Google e Amazon estão desenvolvendo e implantando seus próprios chips especialmente projetados para cargas de trabalho de IA.
Dai enquanto a caridosa empresa norte-americana demite Sam Altman a mente por trás do ChatGPT
A Reuters, citando duas fontes familiarizadas com o assunto, divulga que a Nvidia disse aos clientes chineses que está atrasando o lançamento de um chip de IA projetado para cumprir as regras de exportação dos EUA até o primeiro trimestre do próximo ano.
Qual o motivo do atraso?
A Nvidia disse que o governo dos EUA impôs um requisito de licença que restringia a exportação do A100 e do H100 para a China, Hong Kong e Rússia.
O novo requisito de licença abordará o risco de que os produtos cobertos possam ser usados ou desviados para um 'uso final militar' ou 'usuário final militar' na China e na Rússia", por isso a Nvidia adaptou alguns de seus chips para o mercado chinês para cumprir as restrições de exportação dos EUA.
Será que Sam Altman “climb boat” do Google? Vamos aguardar e conferir, no mínimo a sua demissão já foi “esclarecida”
Imagens disponíveis e retiradas do Google
Sites e links de pesquisa e compilação de textos
https://www.cnbc.com/2023/11/18/heres-whos-on-openais-board-the-group-behind-sam-altmans-ouster.html
- Nvidia delays rollout of new custom-made AI chip for China, shares dip https://invst.ly/12e7xr
https://www.cnbc.com/2023/02/23/nvidias-a100-is-the-10000-chip-powering-the-race-for-ai-.html
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